Economia

Juros longos avançam alinhados ao comportamento do dólar

No mercado de juros futuros, as taxas curtas oscilaram perto da estabilidade, diante da precificação de que a Selic deve ficar estável até pelo menos o final do ano, enquanto as longas acompanharam de perto a trajetória do dólar, que passou o dia em alta, em sua terceira sessão seguida de valorização. Nesta quinta-feira, 31, a moeda registrou alta de 0,98% no balcão, cotada em R$ 2,270 – maior nível desde 4 de junho (R$ 2,2840).

Na BM&FBovespa, o DI para janeiro de 2015 fechou a sessão regular em 10,78%, no mesmo nível do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2016 projetava taxa de 11,15%, de 11,12% no ajuste da véspera; o DI para janeiro de 2017 estava em 11,49%, de 11,43% no ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 11,82%, a 11,75% após ajuste.

Assim como o câmbio, os vencimentos a partir de janeiro de 2017 também estiveram bem mais pressionados na primeira parte dos negócios, em linha ainda com a reação aos resultados fiscais ruins do mês de junho divulgados pelo Banco Central e o leilão de títulos prefixados. À tarde, esses contratos desaceleraram a alta. Operadores lembram que as taxas subiram seguidamente nas últimas sessões, o que abre espaço para alguma realização de lucros intraday.

Segundo o BC, o setor público consolidado mostrou déficit primário de R$ 2,1 bilhões em junho, o pior resultado da série histórica para o mês. As contas acumulam até junho um superávit primário de R$ 29,380 bilhões, o equivalente a 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) – pior resultado para o período de toda a série. “Os déficits de maio e junho tornam o atingimento da meta mais distante. Exigirá esforço maior do governo para obtê-la”, admitiu o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel.

Em leilão no final da manhã, o Tesouro vendeu integralmente a oferta de 5,5 milhões de LTN em três vencimentos, com volume financeiro total de cerca de R$ 4 bilhões.

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