A inadimplência do Itaú Unibanco, considerando os atrasos acima de 90 dias, teve melhora de 0,1 ponto porcentual em junho ante março, recuando de 3,5% para 3,4%. Este é o oitavo declínio trimestral consecutivo dos calotes. Em 12 meses, a inadimplência da instituição registra queda de 0,80 ponto porcentual.
“Esse indicador alcançou o menor valor desde a fusão entre o Itaú e o Unibanco, influenciado principalmente pela mudança do perfil de crédito da nossa carteira”, destaca o Itaú, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
A melhora dos calotes foi influenciada tanto pela redução da inadimplência nas pessoas físicas quanto nas pessoas jurídicas. Os indicadores de pessoas físicas melhoraram 0,2 ponto porcentual em junho ante março e 1,2 ponto porcentual em um ano. Já os calotes de pessoas jurídicas recuaram 0,1 ponto porcentual e 0,7 ponto porcentual, respectivamente e na mesma base de comparação.
As despesas com provisões para devedores duvidosos do Itaú, as chamadas PDDs, somaram R$ 4,465 bilhões de abril a junho, aumento de 5,0% ante o primeiro trimestre. Em um ano, porém, quando esses gastos estavam em R$ 4,912 bilhões, foi identificada queda de 9,1%. No semestre, as despesas com PDDs do Itaú foram a R$ 8,717 bilhões, recuo de 11,5% ante mesmo intervalo do ano passado.
O resultado de créditos de liquidação duvidosa, que desconta as receitas de recuperação, alcançou R$ 3,231 bilhões no segundo trimestre, aumento de 2,1% ante o primeiro. As receitas de recuperação totalizaram R$ 1,234 bilhão, elevação de 13,4% na mesma base de comparação.
O saldo de PDDs do Itaú atingiu R$ 24,547 bilhões no segundo trimestre deste ano, declínio de 2,0% na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de R$ 25,042 bilhões. Em 12 meses, quando o montante estava em R$ 26,399 bilhões, a queda chegou a 7,0%.
Segundo o Itaú, o saldo da provisão complementar à mínima requerida pela resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional permaneceu com o montante de R$ 5,217 bilhões. “Este saldo inclui as provisões constituídas para o saldo de avais e fianças, que totalizavam R$ 211 milhões ao final do segundo trimestre de 2014”, explica o banco.
Inadimplência curto prazo
A inadimplência de curto prazo do Itaú, que considera atrasos entre 15 e 90 dias, teve queda de 0,3 ponto porcentual, passando de 3,0% em março para 2,7% em junho. De acordo com o banco, o indicador também permaneceu no menor patamar desde a fusão entre Itaú e Unibanco. Em 12 meses, esse mesmo índice apresentou redução de 0,7 ponto porcentual., principalmente em função da melhoria de 1,3 ponto porcentual no indicador de pessoas físicas.