Cidades

REVIRAVOLTA

Confira a coluna do jornalista Sérgio Lessa, que trata dos bastidores da política de Guarulhos

Acusado na semana passada por vereadores petistas de ser um parlamentar que não trabalha e que “cola” da internet seus projetos, o vereador Guti (PV) saiu da sessão de ontem, pelo menos oficiosamente, como integrante de 3 comissões técnicas permanentes da Casa, diferentemente do que ocorreu na primeira sessão do ano, quando seu nome foi preterido durante a escolha dos membros de todas as 19 existentes.


Relembrando


Marcelo Seminaldo (PT) havia oferecido para Guti seu espaço na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, onde foi eleito presidente, e na dos Direitos do Consumidor, comissão que foi escolhido para ser secretário, alegando que desta forma o jovem político “iria trabalhar um pouquinho”. O vereador do PV na ocasião disse que só aceitaria a proposta se no pacote viesse a Comissão do Meio Ambiente, pois este tema era a bandeira de sua sigla.


Ganhou no grito


O vereador Prof. Auriel (PT) anunciou ontem da tribuna, que seu colega de partido, Pezão, abriu mão de participar da Comissão de Meio Ambiente, exclusivamente para Guti assumir a vaga. Sem saída, o pevista se viu obrigado a abraçar as 3 comissões e ainda declarou que se tivesse espaço na Comissão de Justiça e Redação também aceitaria. Claro que lhe negaram, pois essa última é uma das mais importantes da Casa.


A vida como ela é


O acordo verbal, que precisa agora ser oficializado, já que todos os membros das 19 comissões são eleitos e as mudanças anunciadas só podem ser concretizadas se o Regimento Interno permitir, beneficiará tanto a Guti como a Seminaldo, pois o primeiro não estava em nenhuma comissão e agora está em 3, e o segundo, que participava de 8, ficou com 6. Se tudo for confirmado, ambos conseguiram fazer do limão uma limonada.


Truco


Na cartilha do Tribunal de Contas, que fala sobre a gestão financeira das Câmaras Municipais, está escrito que os 20% que a Prefeitura desconta hoje do repasse do duodécimo, relativos às verbas do Fundeb, “agregam-se sim à base de cálculo”. Cinco argumentos bem convincentes são citados. Em Belo Horizonte, por exemplo, o Legislativo local recebe legalmente os valores devidos. Por que aqui em Guarulhos é diferente?

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