Após um mês longe do comando da cidade, o PT vê à sua porta o primeiro grande escândalo da última gestão ser descoberto. Segundo fontes seguras, no apagar das luzes do governo Almeida, o Executivo fez um baita favor para a empresa coletora de lixo da cidade: comprou o seu aterro sanitário. Muitos, num primeiro momento, podem até comemorar, já que Guarulhos é refém dessa empresa há décadas, pois sempre foi contratada pelo Poder Público a peso de ouro “sem licitação”, com a alegação de que era a única prestadora de serviços do setor que possuía seu próprio local de descarte. Porém, o buraco é bem mais embaixo…
O pulo do gato
Para quem não sabe, o atual aterro sanitário de Guarulhos, que tem como dono hoje a Prefeitura, só foi vendido para o Executivo porque já está no seu limite técnico máximo, ou seja, daqui alguns poucos anos sua capacidade estará esgotada. De acordo com a legislação, assim que um aterro se esgota, vira obrigação do proprietário a sua descontaminação, que segundo especialistas, além de muito complicada é caríssima. Portanto com a compra, o governo petista tirou um enorme peso das costas da empresa coletora, já que em breve toda despesa para a adequação do local deverá ser paga com o dinheiro dos contribuintes e não com o dos empresários que fizeram fortuna no município.
Raposa no galinheiro
Vale ressaltar que após a venda do aterro sanitário, a própria empresa coletora de lixo de Guarulhos ficou responsável por administrar e operar o local, ou seja, ela mesma recolhe os detritos, pesa e lança os números nas planilhas, que posteriormente são pagos pela Prefeitura. Até dezembro do ano passado, a Quitaúna recebia anualmente pelos serviços prestados, aproximadamente R$ 120 milhões, aparentemente sem qualquer tipo de fiscalização que atestasse os números apresentados. Diz a lenda, que antes das pesagens, todos os caminhões lotados de lixo supostamente passam por um banho de chuveiro para a carga ficar mais pesada.
Gato no telhado
Diante de informações tão bombásticas, a sociedade guarulhense apela à Justiça para que tome uma providência imediata em relação aos fatos aqui mencionados. Esse venda do aterro sanitário tem de ser desfeita. O município, já bastante endividado, não pode arcar com mais esses custos. Sem o aterro, provavelmente a Quitaúna perderá seu contrato com o Executivo, mas isso pra ela é insignificante, já que passou o seu grande problema para a cidade resolver, saindo desta forma do negócio com os bolsos cheios e rindo da cara dos guarulhenses. O povo não pode aceitar esse tipo de atitude, tanto do governo anterior, como dos empresários envolvidos. Socorro!