Os mercados de juros e câmbio tiveram uma sessão bastante morna, sobretudo na parte da tarde, quando o noticiário, já fraco pela manhã, minguou de vez. No câmbio, o dólar acabou fechando em leve alta, de 0,22%, cotado em R$ 2,2790. Na máxima, atingiu R$ 2,2830 (+0,40%) e na mínima, R$ 2,2720 (-0,09%). O giro no mercado à vista somou US$ 1,372 bilhão, sendo US$ 1,276 bilhão em D+2. No mercado futuro, às 16h38, o dólar para setembro estava em R$ 2,2900 (+0,02%).
Pela manhã, o dólar subia ante o real em linha com o comportamento da moeda no exterior. Os primeiros negócios foram fechados sob o impacto da aversão ao risco trazida pelo índice alemão ZEW de expectativas econômicas e o monitoramento da situação geopolítica. O dado caiu bem mais que o esperado, com o sentimento abalado pelos embates no leste ucraniano, e foi a 8,6 em agosto, ante previsão de queda a 18,0. Foi o oitavo mês consecutivo de queda deste indicador, que se encontra no seu nível mais baixo desde o final de 2012.
Mas o movimento perdeu fôlego no final da primeira etapa, passados os leilões de swap do Banco Central. A partir de então, a moeda passou a tarde em torno da estabilidade, em um ambiente de liquidez reduzida, para então terminar levemente pressionada para cima. Em seu programa de oferta regular de swaps cambiais, o BC vendeu os 4 mil contratos ofertados para 2/2/2015 e 1º/6/2015, no valor total de US$ 198,8 milhões. Na operação de rolagem dos contratos que vencem em 1º de setembro, vendeu 10 mil contratos, com valor de US$ 494 milhões.
No exterior, no final da tarde, o sinal do dólar era misto, com a moeda em alta ante algumas divisas e em baixa ante outras. Às 16h45, o dólar caía 0,09% ante o dólar australiano, tinha baixa de 0,02% ante o dólar canadense, avançava 0,29% ante o neozelandês e tinha ganho de 0,73% ante a lira turca. O dólar também subia ante o euro, sendo que a moeda comum era cotada a US$ 1,33666, ante US$ 1,3384 de ontem.
No front geopolítico, o destaque foi a informação de que o governo da Ucrânia proibiu a entrada no país de 280 caminhões com ajuda humanitária que a Rússia enviou para as vítimas do conflito entre o exército e rebeldes separatistas de etnia russa. Com isso, o país entregaria a carga à Cruz Vermelha assim que o comboio entrasse em território ucraniano, de acordo com a agência de notícias russa Interfax. No Iraque, continua o impasse em torno da nomeação de um novo primeiro-ministro para o país, pois o atual premiê, Nouri al-Maliki, se recusa a deixar o cargo após a indicação de um substituto pelo presidente iraquiano, Fuad Massum.