Economia

Alimentos barateiam e reduzem IGP-10 em agosto, diz FGV

Os alimentos ficaram mais baratos no varejo em agosto e foram determinantes para a desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) deste mês, medido no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10). Mas além deles, a gasolina mais barata também trouxe alívio ao bolso das famílias. No total, sete das oito classes de despesa pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) perderam força na passagem do mês, levando o IPC à leve alta de 0,01% registrada em agosto (ante 0,24% em julho).

No grupo Alimentação, houve queda de 0,18%, contra elevação de 0,01% no mês passado, segundo a instituição. O destaque foi o subgrupo hortaliças e legumes, que intensificaram a redução na passagem do mês. A taxa passou de -7,86% para -12,52% em agosto. Ficaram mais baratos do que em julho a batata inglesa (-28,03%) e o tomate (-21,79%).

Em Transportes, a alta de 0,16% observada em julho se converteu em queda de 0,20% neste mês, devido ao comportamento da gasolina (-0,38% para -0,55%). Já no grupo Educação, Leitura e Recreação (0,27% para -0,26%), os aumentos durante a Copa do Mundo começam a ser devolvidos. Os hotéis ficaram 3,50% mais baratos, após elevação de 5,95% em julho. As passagens aéreas aceleraram a redução, de -4,97% para -9,05%.

Também perderam força as classes Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,17%), Vestuário (0,15% para -0,30%), Despesas Diversas (0,33% para 0,17%) e Habitação (0,42% para 0,39%). Nestas classes de despesa, destacam-se os itens medicamentos em geral (0,03% para -0,33%), roupas (-0,06% para -0,57%), tarifa postal (6,88% para 0,22%) e taxa de água e esgoto residencial (0,25% para -1,40%), respectivamente.

Apenas o grupo Comunicação (0,06% para 0,08%) ganhou força, puxado pelo item pacotes de telefonia fixa e internet (-0,02% para 0,88%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,45% em agosto, menos do que a taxa de 0,58% registrada em julho. Desaceleraram os índices relativos a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,39% para 0,19%) e ao custo da Mão de Obra (0,74% para 0,68%).

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