Economia

T4U, de torres de celular, prepara estreia na Bolsa

A T4U Holding (Tower For You), companhia de capital israelense que aluga antenas de telefonia móvel para operadoras de telecomunicações, está seguindo com o cronograma para realizar ainda em outubro a sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a despeito da volatilidade do mercado diante das eleições, afirmaram ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, fontes com conhecimento no assunto.

A ideia da empresa é precificar as ações que serão distribuídas na oferta após o primeiro turno. “Cerca de 60% da operação vai ser vendida lá fora e a empresa acredita que a eleição não deve atrapalhar. Estão altamente confiantes no negócio, que consideram de altíssimo crescimento”, disse uma das fontes.

Uma segunda fonte afirmou que a oferta tem chance de sair em pleno período eleitoral porque ela deverá ser pequena e o tíquete de entrada dos investidores deverá ser menor. A companhia, que teria direito aos benefícios de abrir seu capital no Bovespa Mais, segmento de acesso da BM&FBovespa, tem trabalhado para cumprir as exigências do Novo Mercado, ambiente onde as exigências de governança corporativa são maiores. Como a expectativa é que a maior parte das ações fique com estrangeiros, a empresa entende ser necessária a listagem nesse segmento.

A receita líquida da T4U no primeiro semestre foi de R$ 36,15 milhões, alta de 10% em relação ao mesmo período de 2013. O acionista vendedor é a D. Dots Investments B.V, de capital israelense.

No prospecto da operação, a D. Dots informa que prevê um alto potencial de crescimento do seu negócio diante do “contínuo uso de serviços de telecomunicação móvel de rede sem fio no Brasil, bem como na expansão correspondente da infraestrutura de telecomunicação exigida para o desenvolvimento das tecnologias móveis atuais e futuras”.

Expectativa

Para analistas de mercado, as duas ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) que deverão ocorrer em outubro – a da Ourofino e a da T4U – deverão enfrentar um cenário difícil para a colocação das ações no mercado e terão como desafio a demanda dos investidores. “O cenário para uma oferta está muito desafiador e haverá dificuldade para ter demanda”, disse uma fonte de um banco estrangeiro. “A aversão ao risco está muito alta. As ofertas serão difíceis, a não ser que ocorra a participação grande de institucionais e fundos de pensão”, disse um gestor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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