Uma nova série de dados econômicos fracos na zona do euro tirou o ânimo dos investidores nesta quarta-feira, 1, e eles foram ao mercado para vender ações. As principais bolsas europeias fecharam em queda ao redor de 1%, depois que os indicadores de atividade industrial na região apontaram nova perda de fôlego. Os números acirram as pressões para que o Banco Central Europeu (BCE) adote novas medidas de incentivo econômico.
O índice de gerentes de compras (PMI) industrial da zona do euro apresentou recuou para 50,3 em setembro, de 50,7 em agosto, o pior resultado em 14 meses. As estimativas dos economistas era desaceleração menos acentuada, para 50,5. A surpresa negativa foi impulsionada pela maior economia da região, a Alemanha, onde o indicador caiu para 49,9 em setembro, de 51,4 em agosto, abaixo das expectativas do mercado, de 50,3, e da marca 50, que separa expansão de contração. Foi a primeira vez em 14 meses que a atividade no setor industrial alemão encolheu. Mesmo no Reino Unido, que não faz parte da zona do euro, o desempenho deixou a desejar. O PMI industrial da nação recuou de 52,2 em agosto para 51,6 neste mês, quando a previsão era de avanço a 53,0.
Na bolsa de Londres, o FTSE-100 caiu 0,98%, para 6.557,52 pontos, puxado pelas ações dos supermercados. As quedas nas vendas fizeram os papéis da Sainsbury recuarem 6,96%, enquanto as ações da Tesco caíram 3,22% diante dos temores dos investidores em relação às investigações em curso sobre suas práticas contáveis.
Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,97%, para 9.382,03 pontos, influenciado pelas ações da Lufthansa, que baixaram 2,68% depois que os EUA confirmaram um caso de ebola no país. As ações de outras companhias aéreas também registraram quedas, reagindo aos temores dos investidores de que os passageiros tenham receios de voar. Na bolsa de Paris, os papéis da Air France caíram 4,42%, contribuindo para a retração de 1,15% no índice CAC-40, que fechou aos 4.365,27 pontos.
Em Milão, o FTSE-MIB caiu 0,89%, para 20.706,31 pontos, enquanto em Madri o Ibex-35 teve desvalorização de 0,67%, aos 10.753,20 pontos, e em Lisboa, o PSI-20 perdeu 1,00%, aos 5.683,27 pontos.