Economia

Empréstimo externo perde fôlego no 2º trimestre

Bancos internacionais reforçaram o volume de empréstimos para o Brasil no segundo trimestre de 2014. Dados divulgados pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) mostram, porém, que o ritmo das novas concessões caiu pela metade. No segundo trimestre, o total de financiamentos para o País teve alta de 1,15% na comparação com os três meses anteriores. No primeiro trimestre, o avanço havia sido de 2,31%.

Dados do BIS mostram que em termos nominais o Brasil recebeu US$ 3,55 bilhões em novos empréstimos bancários no segundo trimestre. A cifra foi praticamente a metade da registrada nos três primeiros meses do ano, quando bancos concederam US$ 6,96 bilhões a clientes no País. Com o aumento registrado entre abril e junho, o Brasil terminou o semestre com total de US$ 312,23 bilhões em empréstimos.

No total, o volume de operações a todos os países em desenvolvimento aumentou 2,48% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano. Assim como visto no caso brasileiro, esse dado também mostra desaceleração já que o ritmo de expansão da carteira no primeiro trimestre foi de 4,52%.

“Operações para mercados emergentes continuaram sua recuperação após o impacto do tapering (redução dos estímulos monetários pelos EUA) em meados de 2013. O avanço no segundo trimestre foi concentrado na Ásia, onde a China recebeu mais uma vez fluxos substanciais”, diz o relatório, sem mencionar a desaceleração.

Entre os grandes emergentes, o total de operações para clientes chineses aumentou em 6,39% no segundo trimestre. A velocidade de expansão caiu, já que nos três primeiros meses do ano o volume havia aumentado 15%. No fim de junho, bancos acumulavam US$ 1,10 trilhão em operações com a China. Na Índia, o total de operações cresceu 1,54% no trimestre, para US$ 204,56 bilhões.

Esse é o único grande emergente que viu aceleração do crédito – já que o ritmo de alta no primeiro trimestre havia sido de 0,4%
Rússia. O principal destaque negativo ficou com a Rússia e a Ucrânia. Pelo impacto da crise geopolítica, os dois países acumularam US$ 11,17 bilhões em empréstimos internacionais encerrados no primeiro semestre. Ao todo, foram US$ 7,73 bilhões relativos à Rússia e US$ 3,44 bilhões da Ucrânia.

A crise geopolítica castiga mais bancos e empresas ucranianos. No primeiro semestre, a carteira de empréstimos internacionais para a Ucrânia diminuiu em 22,1%. Já as operações para a Rússia caíram 4,4%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posso ajudar?