A Câmara de Guarulhos marcou para esta sexta-feira, 10/01, no gabinete do presidente Professor Jesus, a assinatura do contrato entre a Casa e a construtora VPP para erguer a nova sede do Legislativo. As obras devem ser iniciadas no início de fevereiro e, de acordo com o cronograma, finalizadas em nove meses. “Acredito que em dezembro faremos a mudança definitiva para o novo endereço”, prevê o secretário de Administração Cesar Aparecido Samsoniuk.
Além da VPP, a Câmara conta com a parceria da Implementus, empresa que fez o projeto do prédio e fiscalizará as obras, e a Set, que atuará como consultora para eventuais impasses na execução dos trabalhos. “Isso nos deixa tranquilos para cuidar da infraestrutura operacional que permitirá à Casa funcionar”, diz o diretor de Assuntos Administrativos João Francisco Viseu de Barros. Ele se refere, por exemplo, à aquisição de móveis, como arquivos deslizantes, telefonia, controle de acesso, segurança, eletricidade, fornecimento de água.
Eficiência
O terreno localizado na Vila Augusta, onde funcionava a fábrica de tapetes Lourdes, foi preparado pela Proguaru, na primeira fase do empreendimento.
O projeto prevê dois prédios principais de três andares, um prioritariamente legislativo e o outro, administrativo. No primeiro, a nova Casa oferecerá maior conforto para os vereadores e seus assessores. Os gabinetes serão mais espaçosos e equipados e haverá diversas salas de reuniões. “Com isso os parlamentares poderão atender melhor os munícipes e autoridades, além dos trabalhos das comissões”, explica Barros. O edifício também deverá contar com o departamento de pessoal, a diretoria legislativa, a comunicação e a TV Câmara, entre outros.
No prédio administrativo, ficarão departamentos como os de informática, jurídico, compras e o almoxarifado, além do refeitório. “Hoje tudo se mistura nos dois prédios e, com a separação, haverá melhor eficiência nos fluxos de trabalho”, compara o administrador. Ele acrescenta: “O empreendimento terá total acessibilidade, em respeito às normas vigentes.”
Entre os prédios ficará o plenário, cujo formato não deve ser diferente do atual. Os equipamentos, como painel de presença e aparelhos de votação, serão modernos. “Não ficaremos nada a dever às Câmaras das maiores cidades do Brasil, avalia Samsoniuk.
Economia
Com o prédio próprio, a Câmara deixa de gastar cerca de R$ 300 mil por mês em aluguéis. Ou seja, R$ 3,6 milhões anuais, o que faz com que os R$ 12 milhões previstos na obra se paguem em menos de quatro anos. “Com as economias que a Câmara fará, por exemplo, com a captação de energia solar e de água subterrânea, a devolução de parte do duodécimo que a Prefeitura constitucionalmente repassa para a Câmara aumentará muito”, frisa Cesar Samsoniuk. De acordo com o secretário, o retorno aos cofres municipais, que em 2019 foi de R$13 milhões, pode saltar para até R$ 25 milhões. “É uma verba importante, que poderá ser usada em diversas áreas da cidade, como educação, saúde e obras de zeladoria”, comenta.