A um ano das próximas eleições, o quadro de mudança partidária na Câmara Municipal de Guarulhos está perto de ser definido. No início de outubro encerra-se o prazo para que os interessados em concorrer nas eleições de 2012 possam trocar de partido. Até o momento, pelo menos sete vereadores já anunciaram mudança na legenda, sendo que alguns já fecharam a alteração, mas querem garantir a saída sem o risco de perder o mandato.
O presidente do Legislativo, Eduardo Soltur (PV), está negociando sua ida para o PSC, que ganha o vereador, mas perdeu Alan Neto que foi para o DEM com a intenção de disputar a Prefeitura de Guarulhos.
José Mário e Eduardo Carneiro, ambos sem partido, acertam a ida para o PSDB. "Estamos em negociação, mas não há nada oficial, porém há o nosso interesse e acreditamos que o partido também queira a nossa participação", afirmou José Mário. Outro nome que deve debandar para o PSDB é o do vereador Vitor da Farmácia, atualmente no PSDC.
Eduardo Kamei negocia sua saída do PSDB e possível ida para o PSC ou PTB. Wagner Freitas recentemente anunciou sua filiação ao PP e também acredita que pode disputar para prefeito.
Já a vereadora Silva Mesquita, atualmente no PV, está numa situação indefinida. Ela afirmou que ainda está em negociações para decidir se permanecerá no PV ou se filiará a outra legenda.
Enquanto alguns saem, outros nem pensam em mudança
Por outro lado, há vereadores que nem cogitam a mudança de sigla. "O dia que sair do partido acabará a minha vida política", afirmou a vereadora Luiza Cordeiro (PC do B). Além dela, Helena Sena é outra que não pretende jamais trocar o PSC por nenhum outro partido. "Estou muito satisfeita com o PSC e sou fiel ao partido que estou. Muitos vereadores fazem matemática para serem eleitos e por isso acabam mudando, mas eu acredito que ser eleito independe do partido que se esteja", afirmou ela.
Outro nome recém-chegado ao PC do B é Edson Alberton. Na última quinta-feira, Albertão, como é popularmente conhecido, assinou a ficha de filiação. "Venho com disposição de lutar na trincheira. Há uma errada impressão de que a miséria acabou, mas quando paramos no farol ainda vemos crianças pedindo trocados. Procurava um partido no qual encontrasse espaço para continuar a luta, para continuar a ruptura com a burguesia e batalhar pelo socialismo", exclamou Albertão que ressaltou que não será candidato a nada. "A não ser que o partido me determine essa função que cumprirei como obrigação. Vim para somar, ajudar a construir", encerrou.