A Proguaru, empresa de economia mista, terá em 2013 um orçamento 40% inferior ao deste ano, devido à crise econômica que passa a Prefeitura de Guarulhos.
A confirmação sobre os problemas financeiros que afetam a Prefeitura de Guarulhos veio do diretor-presidente da Proguaru, Artur Pereira Cunha, durante audiência público sobre o orçamento de 2013 da empresa, na Câmara Municipal, nesta segunda-feira.
Com orçamento de R$ 79.726.500,00, valor 40% inferior ao disponível em 2012, devido à crise de contratos com a Prefeitura, único cliente da Proguaru, o diretor-presidente admitiu que aguarda a definição do governo para analisar quais obras devem ser concluídas em Guarulhos.
"A Proguaru foi criada há 32 anos para agilizar as obras e prestação de serviços da Prefeitura. A principal missão que temos é fazer a varreção da cidade, a limpeza das ruas, a retirada de entulhos, além de serviços de manutenção", explicou Cunha.
Durante a audiência nesta manhã na Câmara Municipal, algumas conquistas da Proguaru foram lembradas pelo diretor. Dentre elas, a obra do Restaurante Popular, na região do Taboão, o término do viaduto de Guarulhos, a nova usina de reciclagem, a regularização de loteamentos na região do Jardim Ponte Alta (o primeiro loteamento popular de Guarulhos), bem como a construção de três Centros Educacionais Unificados nos bairros Ponte Alta, São Domingos e Taboão.
Maristela Andrade, moradora do Bonsucesso subiu à tribuna para expressar sua insatisfação com a atual gestão da Proguaru. "O asfalto na região do Bonsucesso anda a passos de tartaruga, não vou me calar, vou continuar cobrando", disse.
O vereador Novinho Brasil (PTN) questionou o diretor sobre a reforma de quadras esportivas em locais como Parque Jurema e Parque das Nações, e lembrou a atual situação atrás do shopping Bonsucesso, onde parte do córrego Água Chata passa dentro das dependências do estabelecimento, há anos sem manutenção.
"Não há contratos com o esporte para manutenção e reforma das quadras, a secretaria de esportes tem uma equipe pequena que faz a manutenção. Quanto ao problema da falta de manutenção, a previsão é construir um piscinão na região do Bonsucesso para conter as águas", respondeu Cunha.
"Seria interessante aumentar o capital social para um melhor equilíbrio da pasta. Esperamos que a arrecadação aumente para que possamos fazer mais obras", disse ainda.