A previsão orçamentária para a Coordenadoria de Políticas para as Mulheres para 2013 é de R$2.433.800,00, um valor 6% maior em relação a 2013. Com essa verba, a pasta deve arcar com os seus servidores e com projetos que desenvolvem a autonomia da mulher, como cursos de geração de renda, com atendimento prioritário a cidadãs em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a coordenadora Hedy Maselli de Almeida, nas seis Casas da Mulher Clara Maria gerenciadas pela pasta, além dos cursos, acontecem encontros, palestras, são apresentados projetos sociais como o Minha Casa Minha Vida, a lei Maria da Penha e outros temas que dizem respeito ao empoderamento na mulher, à autonomia financeira e social. O projeto Ser Gestante e o Promune (linha de crédito especial para que as mulheres em situação de risco social possam ter seus próprios negócios) são exemplos do trabalho do órgão.
Já na Casa das Rosas, Margaridas e Beths, são atendidas mulheres vítimas da violência doméstica, com uma equipe multidisciplinar e procuradoras do município, além de atividades voltadas à proteção sexual, física, financeira e psicológica. Até outubro desse ano, foram 1317 atendimentos.
Mulheres sofrem risco de vida.
23 mulheres foram assassinadas por seus companheiros, em Guarulhos, de 2009 (quando foi criada a coordenadoria) a 2011. Segundo a Maselli, já existe um projeto para criar a Casa Abrigo para mulheres vítimas de ameaças e violências, e outro para a Casa de Passagem, para aquelas vitimadas pelo tráfico.
Ambas estão aprovadas e aguardam repasse do governo federal. Hedy afirmou que elas só não foram criadas porque problemas burocráticos do município impediram a coordenadoria de receber emendas orçamentárias nos anos anteriores. Só esse ano, houve sete casos de mulheres ameaçadas de morte pelos companheiros que foram acolhidos em cidades vizinhas.