Apenas cinco vereadores, entre os 34, neste início de mandato se colocam como Oposição ao governo do prefeito Sebastião Almeida (PT). Mesmo sendo minoria, eles vêm conseguindo dominar os debates contra os parlamentares que usam a tribuna para defender a Prefeitura.
Nesta quinta-feira, houve ataques diretos do Edmilson Souza (PT), que foi exonerado da Secretaria de Cultura na terça-feira para reforçar a base governista diante da crise que envolve a cobrança abusiva do IPTU por parte da Prefeitura, ao vereador Guti (PV), o único fora do PSDB que mantém discurso oposicionista nesse início de mandato. Também Samuel Vasconcelos (PT), líder da base, saiu em defesa do governo Almeida, junto com Rômulo Ornelas (PT), quando o vereador Geraldo Celestino (PSDB) levou para a tribuna problemas relacionados à saúde municipal. Gilvan Passos (PSDB) e Romildo Santos (PSDB) reforçaram os ataques.
Já Lamé (PT do B), que integra a base governista, chegou a dizer que a saúde no município vai bem e que os problemas seriam em decorrência do descaso do Governo do Estado com a saúde pública. "O SUS é o melhor sistema do mundo", chegou a discursar. Gilvan Passos (PSDB) lembrou que Lamé, ao sofrer um acidente durante a campanha, quando caiu de um caminhão de som, não foi encaminhado ao Hospital Municipal de Urgências mas a um hospital particular. "Isso não é errado. Não é pecado. Mas se o atendimento fosse bom, o senhor seria levado para lá".
Os ânimos se acirraram quando Geraldo Celestino (PSDB) discursava na tribuna e o presidente em exercício, Marcelo Seminaldo (PT), mandou cortar o som do microfone porque ele havia excedido o tempo. "Isso nunca ocorreu aqui na casa", gritou. Imediatamente, Seminaldo suspendeu os trabalhos por 10 minutos até que os ânimos fossem acirrados. Na volta da sessão, tudo voltou ao normal.