Política

Comissão de Trânsito e Transporte discute preços de vistoria de veículos

Representantes de órgãos do setor de transporte reuniram-se na Câmara para debater o assunto.

A Comissão de Trânsito e Transporte realizou uma reunião, na última quinta-feira (6), para debater o preço das vistorias para transferência de veículos cobrado por empresas particulares que fazem o serviço.

O evento contou com a presença dos vereadores Samuel Vasconcelos (PT) e Elmer Japonês (PSC), do diretor de veículos do Ciretran, Daniel Leandro de Lima, do secretário adjunto de Trânsito e Transporte, Celso Masson, do diretor do departamento de relações de abastecimento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Rui Bernardes, e do proprietário de uma prestadora de serviço, Cícero Felipe Ribeiro.

O vereador Samuel Vasconcelos disse que recebeu reclamações sobre o alto preço cobrado pelas empresas e decidiu fazer um levantamento sobre o assunto. O vereador constatou que, em alguns casos, se comparada com cidades vizinhas, a diferença de preço foi de quase 200%.

Para explicar os motivos da quantia cobrada na cidade, Cícero Felipe Ribeiro lembrou que não há uma regulamentação sobre os preços. Ele disse que há várias exigências que a empresa cadastrada oficialmente precisa cumprir que encarecem o serviço, como, por exemplo, "a necessidade do certificado ISO 9000, a qualificação constante dos funcionários e o aluguel do local".

Daniel Leandro Lima, do Ciretran, afirmou que não é obrigatório fazer vistorias em empresas privadas, uma vez que o próprio órgão as realiza para que a transferência seja feita. Assim, Cícero Felipe Ribeiro destacou que as empresas privadas oferecem maior comodidade, maior rapidez no serviço prestado e melhor recepção do cliente.

Daniel e Cícero também explicaram como funciona o processo de vistoria e certificação dos laudos emitidos pelas empresas privadas. Ainda assim, os vereadores da Comissão querem mais informações para saber se é possível baixar os preços cobrados pelas empresas privadas, uma vez que as empresas de outras cidades conseguem cobrar mais barato e precisam cumprir as mesmas exigências.

Uma sugestão da Comissão para tentar amenizar o problema é a colocação de placas informando a não obrigatoriedade de se fazer a vistoria nas empresas particulares. "Ao fixar essas placas nos locais que fazem a transferência, o cidadão poderá decidir se quer ou não pagar pelo serviço", disse Samuel Vasconcelos.

Os parlamentares decidiram fazer encaminhamentos de visitas a empresas de outras cidades e também debater o assunto com despachantes e com representantes da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) para se aprofundar no assunto e tentar dar uma satisfação para a população.

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