Política

Propagandas irregulares de candidatos se espalham por toda a cidade

Não somente a região central se tornou refém dos exageros da publicidade eleitoral promovida pelos candidatos, mas também bairros afastados da área central como Taboão e outros região do Cabuçu. De acordo com o MCCE (Movimento Contra a Corrupção Eleitoral), a Justiça Eleitoral não possui contingentesuficiente para realizar fiscalização.
 
O pedestre que transita pelas vias do Centro e bairros próximos se depara com a falta de espaço para passar pelas calçadas e até para atravessar as ruas, por conta do excesso de materiais utilizados para realizar a propaganda eleitoral, por meio dos cavaletes. No entanto, Marlon Lélis, coordenador estadual do MCCE, afirmou ter, até o momento, apenas pouco mais de 600 denúncias sobre propagandas irregulares em todo o Estado.
Em contrapartida, os candidatos tiram proveito da deficiência na fiscalização e espalham suas placas em bairros mais distantes da zona central, causando uma verdadeira poluição visual. "Os candidatos sabem que a Justiça Eleitoral não tem pessoal suficiente para fiscalizar. Se estão fazendo o que fazem no Centro, imagine na periferia", ressaltou Lélis.
 
Ele também apontou a deficiência no código eleitoral, principalmente nos artigos que prevêem punição ao candidato, mas reitera que há pouca ou quase nenhuma eficácia na fiscalização dos atos ilícitos cometidos, colaboraram para que possam continuar mantendo o mesmo método de propaganda.
 
"O candidato quando denunciado tem 48 horas para retirar a propaganda do local questionado ou reparar os respectivos danos quando causados e isso facilita a vida deles. Esse período é para defesa também e acaba escapando da punição", declarou o coordenador do MCCE.
 
Segundo Marlon, a melhor alternativa para reduzir o índice de propagandas eleitorais irregulares é a conscientização do eleitor de que deve fazer a denúncia. "Nós nunca iremos mudar este cenário se não tomarmos partido e fazer as denúncias para que a Justiça Eleitoral possa reconhecer os equívocos na lei e mudá-las", encerrou.
 

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