Palco de manifestações sociais, a Câmara Municipal foi mais uma vez o local escolhido para novas reivindicações. Nesta oportunidade, o Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Municipal de Guarulhos) pediu, em reunião com os vereadores, esforços para readequação dos profissionais do serviço público que trabalham nos cemitérios da cidade.
Segundo o presidente do Stap, Pedro Zanotti Filho, em 2002 foi firmado um acordo com o ex-prefeito Elói Pietá (PT) para aplicação adicional de 1% nos respectivos salários, de forma anual, além daquele previsto em convenção coletiva. Ele também relatou que os vencimentos dos servidores estão defasados e que a discussão perdura mais de 12 meses.
"Em várias cidades desta região como Arujá, além de São Paulo, é concedido 40% de insalubridade para os prestadores e Guarulhos mantém os 20%. Eles (Governo Municipal) alegam que a Lei prevê esse percentual, mas o que vale neste momento é a questão do bom senso. O salário está defasado", explicou Filho.
Além da readequação salarial sugerida pelo mandatário sindicalista, ele revelou as condições de trabalho oferecidas atualmente, das quais julga ser impróprias, e sugeriu aos parlamentares durante o período em que estiveram reunidos a criação de um Projeto de Lei para beneficiar estes profissionais. Pedro acredita que na próxima semana obtenha uma resposta do Legislativo sobre suas indicações.
"Eles se comprometeram a um ano de readequar esta situação, mas vem se arrastando. Eles (coveiros) estão fazendo um trabalho totalmente desumano, até por que são apenas dois coveiros para fazer dez sepultamentos. É um serviço exaustivo. Nós pedimos na questão do cemitério que fosse criado um Projeto de Lei sobre periculosidade em função do esgotamento físico e mental", encerrou.