Política

Líder afirma ser natural a participação de aliados no Governo

Incomodado com as queixas públicas do vereador Elmer Japonês, integrante da base de sustentação do Governo do prefeito Sebastião Almeida (PT) na Câmara Municipal, que questionava o atendimento do Poder Executivo a suas solicitações, o líder do Governo no Legislativo, Samuel Vasconcelos (PT) voltou a afirmar que é natural a participação de aliados no Governo.
 
"Eu acho falso moralismo quando as pessoas dizerem se tiver um promotor de Justiça ouvindo ou porque não pode falar isso. Por que não pode? A imprensa fala abertamente sobre o espaço que o PMDB tem no Governo Federal. É legítimo isso. O que não pode é o vereador (Elmer Japonês) usar termos semelhantes aos que foram utilizados. Vereador da base não pode dizer que esse é um governo de patifaria", justificou o líder do Governo na Câmara, Samuel Vasconcelos.
 
Diante da repercussão de seu discurso que ameaçava o representante do Partido Social Cristão a devolver os seus cargos junto ao Governo Municipal, Vasconcelos pediu desculpas ao parlamentar atingido e classificou o incidente como um mal entendido, além de ressaltar o benefício para aqueles que aderem os mesmos interesses políticos independente da legenda partidária. 
 
"Eu pedi desculpas por que houve um mal entendimento geral no plenário e percebi que todos os vereadores ficaram incomodados. Mas não tenho nenhuma dificuldade em dizer que nenhum vereador da base tem espaço no governo, até por que isso é legal. Em um governo de coalizão, quem ajuda a ganhar, ajuda a governar", esclareceu o vereador Samuel Vasconcelos.
 
No entanto, o que deixou o líder do Governo consternado foi a forma como o vereador Elmer Japonês qualificou a gestão do prefeito Sebastião Almeida. Contudo, ele, ainda, afirmou que o parlamentar tem função autônoma e tem total liberdade para criticar às atitudes da Administração Pública que não acreditar ser conveniente para com seus preceitos.
 
"Quando ele faz parte, o governo também é dele. O vereador da situação pode dizer que o governo vai mal, que não gostou dessa ou daquela atitude como o próprio PT faz. Nos últimos dias o (Claudilson) Pezão fez duras críticas ao decreto que falava das funerárias. O que não pode é forma que o vereador Elmer, não dá para olhar ao vereador da oposição e dizer conte comigo", encerrou.