A novela que envolve o reajuste ao servidor público municipal de Guarulhos terá mais um capítulo nesta terça-feira. Depois de muito discussão entre o Stap (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública), que representa a categoria, e a Prefeitura, o funcionário público da cidade deve receber o reajuste de 6% e aumento de R$ 2,45 no vale refeição. Projeto de Lei que prevê o acrescimento será pautado para esta terça-feira, 19, na Câmara Municipal.
No entanto, a proposta apresentada pela Prefeitura a seus servidores chega ao Poder Legislativo 18 dias após a data base, limite máximo para definição do reajuste. Na última quinta-feira, 14, cerca de 1000 servidores estiveram no manifesto promovido pela entidade sindical em frente ao Paço Municipal. No dia seguinte as partes se encontraram para debater o assunto e chegaram ao índice de 6%. Antes não havia qualquer sugestão por parte do Chefe do Executivo.
"Nós fizemos um esforço muito grande para manter essa política de atenção que tenho dado ao funcionalismo público. E se pegarmos desde o inicio do meu mandato, eu sempre procurei assegurar a reposição no período da data base", explicou o prefeito Sebastião Almeida (PT) sobre o atraso na definição do índice de aumento salarial dos servidores públicos.
Depois de encerrar o ano de 2014 com uma dívida que ultrapassou a casa dos R$ 700 milhões, Almeida apontou a crise financeira que atravessa o município para o retardamento na apresentação da proposta de aumento salarial. Ele também informou que a propositura foi encaminhada nesta segunda-feira, 18, ao Poder Legislativo para votação.
"Esse ano excepcionalmente (atrasou) por conta da crise e redução de receitas e mesmo assim estou mandando hoje o projeto de aumento para a Câmara que aumenta os salários em 6% e também o reajuste do vale refeição com um aumento que passa de R$ 18 reais para R$ 20,45", encerrou.
Duas horas depois do início da sessão, ao lado da Câmara Municipal, na praça Getúlio Vargas, às 16h, os servidores municipais – que decretaram estado de greve no ato da última quinta-feira – voltam a se reuniur em assembleia que vai avaliar se a categoria aceita o reajuste ou delibera pelo início da paralisação.



