O programa Câmara em Pauta que vai ao ar nesta sexta-feira (29) recebeu a visita do vereador Gilvan Passos (PSDB) e de Jayme Adissi, presidente da Acembra (Associação dos Cemitérios e Crematórios do Brasil) e proprietário do grupo Primavera, com a proposta de apresentar possíveis soluções para a melhoria do serviço funerário municipal.
O vereador Gilvan Passos enfatiza que o serviço municipal hoje deixa muito a desejar. Segundo ele, praticamente não existe o serviço gratuito, uma vez que, quando a pessoa procura o serviço, são realizadas muitas perguntas para que ela se confunda e desista de obter a gratuidade. Ele também afirma que há falta de respeito com os familiares, pois não há sensibilidade no atendimento.
Em relação ao serviço privado, o vereador tucano lembra que não há uma legislação atualizada que permite a regularização das empresas, assim, muitas funerárias trabalham ilegalmente, sem alvará ou qualquer outro tipo de permissão.
Gilvan também aponta que há falta de interesse da atual administração em relação ao assunto, mas que isso não se estende aos funcionários – segundo ele, há servidores que trabalham até as 19h, horário em que ainda acontecem sepultamentos, inclusive nos feriados, e não recebem hora extra.
O presidente da Acembra, Jayme Adissi, diz que, no serviço particular, uma família paga em torno de R$ 1,5 mil para a realização de um sepultamento, caso já possua jazigo; se não possuir, o valor pode ultrapassar R$ 5 mil. Ele conta que a funerária de sua propriedade trabalha com o aval de uma liminar judicial, uma vez que a falta de uma lei regulamentadora o impede de conseguir um alvará.
Para Adissi, a discussão sobre a instalação de um crematório municipal é amplo e não se resume à falta de espaço. Segundo ele, é um assunto muito particular, pois depende da cultura da sociedade e do desejo de cada um. “Não é possível convencer alguém que quer ser sepultado a ser cremado, nem o contrário”, afirma. Já em relação aos cemitérios, ele garante que há maneiras de serem mais bem aproveitados tanto no Vila Rio como no Bonsucesso.
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