Política

Devedor, Almeida culpa Alckmin por impasse com Sabesp

Inadimplente com a Sabesp em mais de R$ 2,3 milhões, o prefeito Sebastião Almeida (PT) admite que está em tratativas com o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), para que possam encontrar alternativas para viabilizar o pagamento da dívida. Mas diz que  distanciamento com o tucano atrapalha a negociação.
 
A inadimplência impede que a cidade receba repasses financeiros tanto do governo estadual quanto do federal, principalmente pelo débito constar no Cadin (Cadastro Estadual de Inadimplentes). De acordo com apurações anteriores e reveladas em diversas publicações realizadas pelo GuarulhosWeb, o município possui uma dívida de R$ 2,3 bilhões com a Sabesp acumuladas ao longo dos últimos 30 anos.
 
“Conversei com o governador, antes a cobrança era da Sabesp porque o município não formalizava uma proposta. Nós formalizamos uma proposta e pedi ao governador, até porque a Sabesp não é um órgão descolado do Governo do Estado. A responsabilidade da Sabesp é também dele. Tudo bem que é uma empresa SA e tem parceria de capital privado”, explicou Almeida. 
 
O prefeito acredita que, para haver uma solução em relação ao débito existente, é necessário que a vontade política prevaleça, mesmo defendendo ideais partidários opostos. A Sabesp fornece 87% da água consumida no município.
 
“Mas a vontade política tem que prevalecer. Eu espero que o governador provoque com aqueles que estão à frente da Sabesp, em especial, o seu presidente (Jerson Kelman), para que possamos ter um desfecho ou pelo menos digam que não querem conversa e procure outro caminho”, disse o petista, que não revelou que proposta o município teria feito a Sabesp.
 
Já o governador do Estado, Geraldo Alckmin, ressalta que a Sabesp fornece seus produtos e serviços para grande parte das cidades do estado, e que qualquer eventualidade existente nesta cadeia tem de ser resolvida entre as partes envolvidas. “Com ou junto da prefeitura no sistema de abastecimento de água e esgoto, ela (Sabesp) é presente na maioria das cidades da região metropolitana de São Paulo. Aí cabe à Prefeitura e a Sabesp os entendimentos”, concluiu Alckmin.
 

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