Política

Com ida de Guti para o PSB, PV reivindica cadeira na Câmara

A ida do vereador Guti para o PSB, deixando o PV, em evento realizado no início deste mês em Guarulhos, levou o segundo partido a pleitear a vaga do parlamentar na Câmara Municipal, já que – entende – que o mandato pertence à sigla partidária e não ao edil. 
 
Em entrevista ao GuarulhosWeb, a presidente do PV de Guarulhos, Paula Gonçalves, revelou que protocolou nesta terça-feira, 13, na Câmara Municipal o pedido de ocupação da cadeira de Guti, que – segundo ela -está sem legenda, por ter sido desfiliado do PV em 1 de outubro, mas não aparecer relacionado em nenhuma outra das 34 siglas partidárias existentes do País. O prazo final para incorporação junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) dos partidos para novos filiados termina nesta quarta-feira, 14.
 
“De 1 a 14 ninguém está filiado. Ele foi desfilado do PV no dia 01. O Tribunal já expediu alguns processos e estamos esperando o desfecho. Nós protocolamos na Câmara uma certidão que o Tribunal expediu, mandando o presidente devolver a cadeira para o Partido Verde. Nós entramos na 176, porque ela é responsável, e ontem protocolei lá dizendo que o Guti está desfiliado do Partido Verde e não se encontra em partido nenhum”, explicou Paula Gonçalves.
 
Ambos travam na Justiça uma luta pela ocupação definitiva da cadeira, que – caso seja reconduzida ao PV – deve ser ocupada pelo primeiro suplente do partido, o vereador Toninho D´Agostino. Em evento realizado no dia 3 deste mês, que contou inclusive com a presença do vice-governador do Estado, Márcio França (PSB), Guti assinou sua filiação ao novo partido, pelo qual pretende concorrer ao cargo de prefeito no próximo ano. 
 
“Em abril ele afirma que seria candidato a prefeito e mostra o PSB, em julho ele entra com um processo de perseguição contra eu e o Jovino. Em setembro ele se lança como candidato do PSB, aquele partido que ele mostrava que iria. Ele manipulou a saída porque o vereador tem três formas de sair do partido levando o mandato: por perseguição, por uma nova legenda e por mudança de ideologia. Como os dois não aconteceram ele criou essa tese da perseguição”, disse Paula.
 
Já Guti ressalta que o PV não reuniu documentos suficientes que comprovem a sua filiação ao PSB e possa com isso ter em seu poder o mandato exercido por ele. O vereador afirma que a definição não será consumada pelo Ministério Público ou qualquer outra esfera, mas sim pelo Poder Judiciário. O vereador acredita também na possibilidade de perda do mandato, já que alega estar sendo perseguido por gestores da legenda na cidade.
 
“Eles pediram a minha cadeira na semana passada e a presidência da Câmara precisou de comprovantes sobre a minha filiação no PSB. Não tem nada de Ministério Público, até porque a questão está no Judiciário e acredito que até novembro julgue esta ação. Se a Justiça entender que não fui perseguido, eu posso perder a cadeira, mas tenho a possibilidade de recorrer da decisão”, concluiu o vereador. 
 
Como falta apenas pouco mais de um ano para o atual mandato terminar, Guti pode conseguir permanecer como vereador durante os recursos que poderá impetrar em outras instâncias da Justiça, em caso de derrota imediata. 
 

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