A velha disputa entre situação e oposição teve um capítulo à parte na sessão desta quinta-feira na Câmara Municipal de Guarulhos. Vereadores dos dois lados fizeram discursos parecidos em relação a um tema que está tirando o sossego do guarulhense: o excesso de buracos espalhados nas ruas e avenidas dos mais diferentes bairros de Guarulhos, sem que a Prefeitura promova qualquer ação para resolver os problemas.
“Não é porque sou da base que tenho que defender o indefensável. Realmente a situação dos buracos na cidade está complicada. Eu já percorri todos os departamentos da Prefeitura para tentar encontrar uma solução e até agora nada. Não sei mais o que fazer”, explicou o vereador Rômulo Ornelas (PT).
Já o vereador Romildo Santos (PSDB), que sugeriu a criação da Comissão Especial de Estudos (CEE) para investigar a execução da prestação de serviço, que deverá ser votada na terça-feira, afirmou que as condições das vias guarulhenses podem ser classificadas como caótica e por isso pede a implantação do processo investigativo para apurar a real situação da operação tapa valas.
“Foi preciso uma grande emissora de TV (Rede Globo) visitar a nossa cidade para que pudessem tapar os buracos na rua em que iriam fazer a reportagem. A situação é caótica e precisamos investigar de que forma estão sendo investido o dinheiro arrecadado com multas e outros na nossa cidade”, declarou o vereador Romildo Santos.
Em contrapartida, o vereador e líder do governo na Câmara, Samuel Vasconcelos (PT), atribuiu às dificuldades econômicas existentes da Proguaru para a realização do referido serviço. “Vamos sentar com o José Luiz (presidente da Proguaru e vereador licenciado pelo PT) para buscar alternativas e resolver este problema”, concluiu.
Vitor Samódio (PROS) também foi à Tribuna para protestar. "Sou da base do Governo. Mas não dá para defender. As ruas e avenidas de Guarulhos estão intransitáveis". Guti (PSB) chegou a pedir um minuto de silêncio para homenagear a morte da adminsitração guarulhense em decorrência dos buracos, mas foi barrado pelo presidente da Casa, Professor Jesus (PDT). "Isto não está previsto no Regimento Interno", respondeu.
