Política

Jesus classifica aceite do pedido de cassação como processo democrático

 
Presidente da Câmara Municipal, o vereador Professor Jesus (PDT), justificou a sua aceitação ao pedido de cassação do mandato do prefeito Sebastião Almeida (PT) proposto pelo presidente do Solidariedade, Maurício Siqueira, como parte do processo democrático. Já aliados do petista classificam o ato como vergonhoso para o Legislativo, enquanto a oposição pede cautela na condução da referida demanda.
 
“Na realidade, o que eu vejo. Eu sou democrático. Quando chegou esse pedido, qual é o papel do vereador? É legislar, investigar e perscrutar o Executivo. Eu não poderia usar de uma forma arbitrária. Formamos uma comissão e a partir de agora vai analisar o que aconteceu. Então, se realmente for infundada, a Comissão vai justificar”, declarou o presidente do Poder Legislativo, Professor Jesus.
 
Em contrapartida, o vereador e líder do governo na Câmara, Samuel Vasconcelos (PT), acredita que a proposta apresentada à Câmara é fruto de manobra política, além de intitular a mesma como eleitoreira e oportunista. Vasconcelos entende que com a aprovação das contas de Almeida realizada pelo Legislativo o assunto está superado.
 
“Primeiro ele é eleitoreiro por que a pessoa que apresentou a sete meses das eleições e oportunista por que falta menos de nove meses do fim do mandato do prefeito. É uma vergonha maior ainda para este Casa o fato do presidente ter aceitado, por que se nós observarmos que as contas foram aprovadas por esta Casa é uma contradição voltar a esse debate”, explicou o petista.
 
Contudo, o parlamentar Romildo Santos, que trocou o PSDB pelo DEM, ressaltou que o momento requer cautela e por mais que seja crítico a gestão do atual mandatário do Poder Executivo, o mesmo merece respeito, além de destacar que os componentes da Comissão Especial tenham responsabilidade ao analisar o processo. A composição terá de ser concluída no dia 29 deste mês.
 
“O presidente do Solidariedade entrou com esse processo e a gente tem que ter esse cuidado de analisar tudo que está no corpo desse processo, inclusive as referências sobre a Educação e os R$ 108 milhões, que chama de malversação do dinheiro público por não ter asfaltado 39 ruas e outros processos sobre as contas aprovadas desde 2005”, concluiu Santos.