Política

Barreto quer apuração sobre greve branca dos médicos

O vereador Eduardo Barreto (PC do B) quer que a Prefeitura e a Fundação ABC apurem a falta de médicos na UPA São João e nas Policlínicas Jardim Paraíso e Jardim Maria Dirce, que se estende desde o último dia 1º e tem prejudicado a população.  
 
Em nota, a fundação reconhece o problema e deixa claro que a falta de profissionais nas unidades foi um ato organizado, ou seja, uma “greve branca” contra a implantação do ponto eletrônico em todas as unidades de saúde do município. 
 
Na busca por uma solução, Barreto encaminhou para o Executivo requerimento pedindo informações sobre a quantidade de médicos que atendem nestas unidades, quais as especialidades e a carga horária de cada profissional. O documento também foi assinado por outros vereadores.
 
Após a resposta da Prefeitura, o parlamentar encaminhará o documento ao CFM (Conselho Federal de Medicina), pedindo intervenção na cidade. Entre os argumentos destaque para a falta de médicos nas unidades já citadas e também HMU (Hospital Municipal de Urgências). 
 “Sei que a profissão tem suas peculiaridades, mas não podemos aceitar que a população, que já sofre com diversos problemas seja prejudicada. Pedi apoio dos colegas da Câmara e acompanharemos de perto até que a situação seja normalizada”, explica. 
 
Solução
Por meio de nota a Fundação do ABC afirma “estar trabalhando para solucionar o problema” que “teve início em 1º de abril, quando da implantação do ponto eletrônico com biometria nas unidades. Tal medida não foi aceita por alguns dos profissionais médicos, que passaram a faltar ao trabalho ou a reduzir drasticamente o número de pacientes atendidos”.
 
Na tarde da última terça-feira (5), representantes dos médicos das três unidades estiveram em Santo André, reunidos com diretores de Recursos Humanos da fundação e “ficou acertado o final da mobilização e o retorno ao trabalho”. 
 
“Acredito que esse seja um problema passageiro e que deva ser resolvido em breve, pois mesmo apesar de todas as dificuldades os médicos são profissionais íntegros e que repeitam e praticam ao pé da letra o juramento de Hipócrates”, finaliza Barreto. 
 
Cremesp
Já para o Cremesp, que também se pronunciou por meio de nota, os médicos devem seguir o código de ética, que no capítulo V, Art. 33, “veda ao profissional deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo”.
 

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