Com pouco menos de 60 dias para o processo eleitoral, que define o novo prefeito e os 34 parlamentares da nova legislatura, a baixa ou quase nenhuma produtividade na Câmara é flagrante desde o retorno do recesso no início de agosto. O vereador Laércio Sandes, que trocou o PMN pelo DEM, entende que isso ocorre em função de projetos que julga ser de interesse partidário e não do município.
“A pauta está grande não por interesse da cidade, mas daqueles que são de interesse do Partido dos Trabalhadores. Se depender do Democratas estes projetos ficarão para o próximo prefeito avaliar. Não diria que isso poderia ser um procedimento contínuo daqui pra frente. Se isso ocorrer será por interesse dos demais, que não posso responder por eles”, explicou .
Apesar de ter feito da base governista da Casa, Sandes ressalta que a atual gestão não tem condições moral e ética para conduzir a administração dos interesses populares da cidade. Ele acredita que os projetos precisam de uma atenção especial dos vereadores para que sejam privilegiados aqueles que possam interferir de forma positiva no cotidiano dos munícipes.
“A pauta da Câmara está grande, mas temos que analisar quais são os interesses que tem pra ser votado. Eu digo da cidade. Porque se pegar os projetos de lei que são apresentados que visa o município é o de se desfazer de patrimônio, vendas de bens, fundo da dívida ativa, securitização. Sou contrário por entender que este governo não tem legitimidade real e não de direito moral para conduzir essas leis”, concluiu.
Se o protesto realizado pelos professores foi o grande motivo pela interrupção precoce dos trabalhos na última terça-feira, 09, os desta tarde de quinta-feira, 11, deixaram de acontecer em virtude do falecimento do filho de uma funcionária da Câmara Municipal. Estavam previstos para os trabalhos a apreciação de 26 projetos de leis e outros 120 para discussão e deliberação dos mesmos em plenário.