Eleito para disputar o 2º turno das eleições, que define no próximo dia 30 o sucessor do prefeito Sebastião Almeida (PT), Eli Corrêa Filho (DEM) afirmou – durante entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira – ter orgulho em acolher aliados do atual governo petista em sua proposta de administração da cidade para os próximos quatro anos. Ele também ressalta o atual quadro crítico da Prefeitura e que aposta em seu trânsito junto aos governos federal e estadual para recuperar a credibilidade financeira de Guarulhos.
"Não será fácil e nunca disse que a melhoria será da noite para o dia ou num passe de mágica que vamos reverter a situação que está há muitos e muitos anos endividada, atolada e negativada. Terá que ter no mínimo uns três meses no começo com os cem primeiros dias de uma ampla reforma administrativa dessa máquina inchada. Fica essa missão e o que vale é a bagagem de relacionamento com o Governo do Estado e Federal, senão a cidade não vai pra frente", disse o deputado federal.
Na coligação construída pelo democrata estão o presidente do PEN, Abdo Mazloum, que iniciou a segunda gestão de Almeida como secretário de Assuntos Legislativos, Rodolfo Machado, do PRTB, que esteve na administração petista como secretário-adjunto de Desenvolvimento Urbano, João Dárcio, do PTN, ex-secretário de Segurança Pública, Armando Matos, do PDT, ex-secretário de Assuntos Legislativos, Rabih Khalil, do PMDB, que foi secretário do Trabalho, assim como o vereador Lamé (PMDB), além do vereador Eduardo Barreto (PCdoB) e o deputado estadual Gileno Gomes (PSL), que quando vereador participavam diretamente da base aliada do PT.
"O PT da cidade sempre foi um partido muito forte e consolidado. Todos já fizeram parte e, depois de 16 anos, a grande maioria dos partidos estiveram com o governo. Mas, como qualquer ser humano, eles têm o direito de se arrepender ou, então, de identificar que o partido não está correspondendo a expectativa dos aliados. Eu classifico como pensantes políticos e que tive muito orgulho de acolhê-los", explicou.
Eli recebeu quase R$ 1,1 milhão em doações para realizar sua campanha durante os 45 dias previstos pela nova resolução eleitoral para este primeiro turno. No entanto, segundo informações disponibilizadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele contratou serviços e produtos que contabilizaram a quantia aproximada de R$ 1,4 milhão. Contudo, ele entende que sua campanha teve um custo abaixo do praticado e que já era esperado a reação dos eleitores indecisos, que optaram por votar no candidato Guti (PSB).
"O gasto veio do fundo partidário, devidamente legal e justificado na Justiça. Não vejo nada de extraordinário, aliás, uma campanha barata que nós fizemos. Eu não errei e tive realmente os 22% apontados nas pesquisas. A gente sabia que poderia acontecer desses votos (indecisos) irem para qualquer candidato, como poderia ter vindo pra mim", concluiu.