“Esse panfleto virutal que está circulando é apócrifo e falso”, afirmou Carlos Cruz, responsável pela Cruz Consulting Pesquisa de Mercado e Opinião Pública, sobre uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, 18, nas redes sociais por simpatizantes do candidato a prefeito Eli Corrêa Filho (DEM). Ele revelou que o número se refere a um levantamento realizado antes do primeiro turno e que tinha o candidato Guti (PSB) na liderança da corrida, com uma simulação do cenário do 2º turno. Ele também pretende levar o caso às autoridades judiciais para que os responsáveis pela falsa divulgação sejam punidos.
Segundo Cruz, seu instituto registrou uma pesquisa na última segunda-feira para fazer o levantamento do quadro para o segundo turno, com o trabalho de campo indo para as ruas na sexta-feira, dia 21, e divulgação a partir de domingo, dia 23.
A imagem compara a pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, contratadao pela rádio Jovem Pan e divulgado no útlimo dia 10, em que Guti aparece com 62% e Eli com 18%, com os números do Cruz levantados antes do primeiro turno. Desta forma, a arte apresenta uma queda do primeiro e subida do segundo, invertendo a ordem cronológica das duas pesquisas, passando a impressão ao eleitor que o candidato do PSB aparece em queda e o DEM em asceção, quando ocorre o contrário.
O número da pesquisa citada na publicação que circula nas rede social é referente à avaliação registrada no dia 25 de setembro. “Elas são completamente díspares e distorcidas. Isso é um ato maledicente e criminoso. Vamos tomar as medidas judiciais cabíveis junto a Polícia Judiciária e perante o Poder Judiciário. Nada tem a ver conosco. Os jornais, por motivos que não me interessam, não quiseram publicar e nós temos o dever de acertar o resultado das eleições. Nessa pesquisa, o Guti estava em primeiro”, declarou o dirigente.
Cruz entende que houve má-fé daqueles que tentaram se beneficiar do uso indevido dos dados e da imagem de sua empresa. “Para se ter a ideia da sacanagem, eles usaram o número do registro do TSE da nossa pesquisa realizada no 1º turno pra lançar resultados relativos para forjar uma possível pesquisa de 2º turno”, concluiu.
Segundo o promotor eleitoral Glaucir Antunes Modesto, a prática de divulgar pesquisas que não estão registradas no site oficial do TSE é proibida e pode resultar em pena de seis meses a um ano, além de multas que variam entre R$ 53 mil e R$ 106 mil. “É preciso registrar as pesquisas no site do TSE, divulgar pesquisas não registradas é crime eleitoral previsto na resolução 23.453”. Ainda de acordo com o promotor, a própria empresa contratante é responsável pela divulgação dos resultados.