Política

Possível rejeição de PL que cria cargos na Prefeitura não atrapalhará Guti

O prefeito eleito Guti (PSB) não vê qualquer problema na possível rejeição do projeto de lei do atual chefe do Executivo, Sebastião Almeida (PT), que recria 1.941 cargos comissionados na administração. Na sessão desta quinta-feira da Câmara Municipal, vereadores do DEM e do PT se manifestaram contrariamente ao PL, como se isso pudesse atrapalhar o início do próximo governo, já que os atuais 1.941 funcionários comissionados serão exonerados no próximo dia 31, devido a uma Ação Direta de Insconstitucionalidade sobre a última lei que regulamentou essas funções. 
 
Na terça-feira, o GuarulhosWeb publicou que o Almeida se tornou réu numa Ação Penal por criar e recriar leis, desde 2009, numa verdadeira afronta a decisões judiciais. Mesmo assim, projeto de igual teor, que mais uma vez tenta regulamentar os 1.941 cargos voltou a tramitar na Casa e entrou na pauta desta quinta-feira. 
 
Curiosamente, foram os vereadores do PT de Almeida, que ao longo dos últimos anos se beneficiaram com indicações para ocupar os cargos comissionados, que mais se posicionaram contra o projeto do atual prefeito. Edmilson Souza e José Luiz usaram a tribuna mais de uma vez para atacar a proposta. Apenas o líder do governo, Samuel Vasconcelos, defendeu a aprovação, com o argumento de que os comissionados ocupam funções fundamentais para o bom andamento da cidade. 
 
Parlamentares do DEM,que apoiaram o derrotado Eli Correa Filho (DEM) nas eleições para prefeito, engrossaram o coro, como se a rejeição possa criar dificuldades principalmente no início da gestão de Guti. No entanto, o prefeito eleito, via assessores, deixou claro que não está preocupado com a questão, já que o PL em discussão é do atual prefeito. 
 
Guti deixa claro que cortará imediatamente 30% no mínimo da folha de pagamento com os comissionados e que o projeto de Almeida não contempla o que ele pretende implantar na Prefeitura. Disse que poderá convocar a Câmara no início de janeiro para sessões extraordinárias, que discutirão um projeto seu, que inclua exatamente os cargos necessários.  
 

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