Política

Por aceitar cargo no governo, ex-vereador pode ser expulso do DEM

Em função do aceite do ex-vereador Paulo Sérgio (DEM) para ocupar o cargo de adjunto na Secretaria de Administração e Modernização do governo do prefeito Guti (PSB), o ex-parlamentar, que não conseguiu sua reeleição para o Legislativo, pode ser expulso do partido Democratas. Para que esta condição se torne realidade é necessário que algum membro da sigla faça uma representação contra ele, que afirma ter recebido o convite desprovido de qualquer envolvimento partidário.
 
Em contato com o GuarulhosWeb, Paulo Sérgio afirmou que o convite para participar diretamente do governo do pessebista teve como base o relacionamento construído com o atual prefeito, o ex-vereador Guti (PSB), durante o período em que estiveram juntos no parlamento guarulhense, além das mesmas convicções que ambos compartilham e o trabalho realizado em conjunto. Ele também revelou não ter participado ou ao menos ser convidado para participar de reuniões sobre o posicionamento do DEM de Guarulhos.
 
“Não tenho nenhum conhecimento a respeito. Eu não acredito que tenha o Eli colocado dessa forma. Não houve nenhum convite para o Paulo Sérgio participar de nenhuma reunião no DEM, em caráter de posição partidária. Eu fui convidado pelo Governo não por meio do partido. O convite foi em função do tempo em que trabalhei por 30 anos e o trabalho que fizemos junto com o prefeito. Foi um acordo Paulo Sérgio e prefeito e não como membro de nenhum partido”, explicou Paulo Sérgio.
 
No entanto, para que o ex-vereador possa deixar os quadros de filiados do partido, é necessário que algum filiado realize uma representação interna contra ele para que seja avaliada pela comissão de ética da legenda na cidade. Caso contrário, Paulo Sérgio ainda integrará a representação do DEM guarulhense. Entretanto, André Luís, tesoureiro do Democratas de Guarulhos, ressalta a existência de artifícios que possam culminar na exclusão de Paulo Sérgio da sigla.
 
“Logo depois das eleições, o Democratas fez uma reunião e houve uma determinação ou deliberação de que o Partido não iria indicar nenhuma pessoa para ocupar cargos no governo e também não iria participar da atual Administração. Levando em consideração os 100 mil votos que o deputado e o candidato do DEM teve, eles não podem virar as costas para estes eleitores e compor o governo. Esse foi o objetivo da resolução”, finalizou o dirigente.

Posso ajudar?