Política

Instituto Gerir não é uma terceirização, é um norte, diz Sérgio Iglesias

O secretário de Saúde, José Sérgio Iglesias Filho, fez uma exposição técnica na audiência da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2018 realizada no Plenário da Câmara na sexta-feira, 2 de junho. Com dados relativos ao exercício atual e a expectativa para o próximo ano, Iglesias listou os programas de Fortalecimento da Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), Fortalecimento da Atenção Básica, Ampliação do Atendimento de Média e Alta Complexidade e Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde. “Estamos repactuando um novo modelo de contrato com as instituições, com metas, prazos e controle de eficiência”, disse.
 
Para o próximo ano, o secretário disse que pretende ampliar a capacidade orçamentária, definir plano de obras e Projetos para substituir unidades de saúde alugadas por próprias, inaugurar a UPA Cumbica e a transferência da equipe do PA Paraíso, reformar o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), ampliar equipes de Saúde da Família e especialidades nas quatro regiões do município, inaugurar o Ambulatório Médico de Especialidades (AMET), concluir a segunda fase e iniciar a terceira do Hospital Pimentas. Além disso, o secretário listou a informatização do RH da Secretaria, implantação do prontuário eletrônico e a ampliação do CAPS.
 
Após a explanação feita pelo secretário, os principais questionamentos foram relacionados ao Instituto Gerir. “Estamos muito preocupados com a situação dos servidores. Há previsão de mais terceirização na Saúde para os próximos anos?”, questionou o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Pedro Zanotti. “Existe uma circular colocando todos os atendentes SUS à disposição”, disse.
 
O ex-secretário Municipal de Saúde, Carlão Derman, criticou o fato de a Prefeitura ter repassado, em maio, R$ 13,5 milhões ao Instituto Gerir como antecipação. “Esse dinheiro seria suficiente para construir cinco Unidades Básicas de Saúde”, comparou. O representante Nacional do Grupo Contra a Privatização da Saúde, Ewerton de Souza, falou sobre a precarização do trabalho. “Por que entregar a saúde pública de Guarulhos para um instituto de Goiás?”, perguntou.
 
Iglesias respondeu aos questionamentos de forma geral e afirmou que em quatro anos entregará uma Saúde melhor do que recebeu. “Não tenho dificuldade de reconhecer as coisas boas feitas anteriormente, mas estamos estabelecendo um novo modelo de gerenciamento”, disse. O secretário garantiu que a Saúde não está sendo terceirizada. “O Instituto Gerir é um norte”, afirmou.
 
Iglesias pediu desculpas pela circular colocando todos os atendentes do SUS à disposição. “Isso foi um equívoco. Os funcionários que tiverem interesse em ficar não terão problemas. Ninguém é obrigado a abrir uma Pessoa Jurídica”, declarou. Sobre os indicadores, o secretário disse que não é possível corrigir todos, mas garantiu melhoria nos índices. Segundo Iglesias, os recursos vinculados previstos para o próximo ano somam R$ 265 milhões.
 

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