O prefeito Guti (PSB) entende como naturais as mudanças promovidas em seu secretariado neste primeiro ano de gestão. “As secretarias não são propriedade de ninguém. São do governo. Já se foi o tempo que as pastas tinham donos, quando eram feudos de grupos políticos. Se há problemas com um determinador gestor ou ele não está confortável na posição, tem que mudar. Não vejo problema algum nisso”, declarou em entrevista ao GuarulhosWeb nesta sexta-feira, dia 29.
Guti lembrou que ele, como prefeito assim como o diretor de uma empresa, tem o comando sobre a equipe, que funciona como um time. “Temos que mexer as peças para fazer o melhor para o cidadão. Se numa empresa, um diretor não vem desempenhando sua função da forma como se espera, o presidente da companhia promove a troca. Se um deles encontra uma proposta melhor no mercado, ele pede demissão. Na Prefeitura não é diferente”, explicou numa referência direta a Carlos Soler, que nesta quinta-feira pediu exoneração do cargo de secretário municipal de Governo. “Naturalmente, ele ocupava uma posição estratégica na administração. Não é porque está deixando a Prefeitura que nós vamos romper os laços de companheirismo e amizade que criamos neste tempo”, enfatizou.
O prefeito explicou ainda que as críticas postadas em redes sociais devido às substituições em sua equipe são naturais e que fazem parte do jogo democrático. “As redes servem para as pessoas se expressarem. Mas tem que ter responsabilidade. Percebemos que existem movimentos orquestrados e gente inconformada por perceber que agora as coisas aqui na Prefeitura estão andando. Esse tipo de crítica é ruim porque vai do nada ao lugar algum. São sempre os mesmos que repetem as mesmas coisas”, disse.
Guti lembrou que recebeu mais de 480 mil votos da população para exercer um mandato de quatro anos e que ele tem a responsabilidade de honrar a confiança que foi depositada nele e cumprir as promessas de campanha neste período. “Eu sou o prefeito. Não fujo às minhas responsabilidades. Passou apenas um ano. Estou aqui para resolver os problemas de uma cidade que se encontrava completamente destruída, devido às péssimas administrações anteriores”, afirmou. “Não estamos brincando. Se algum secretário não estiver bem, será substituído. Não tem prazo para isso. Como falei, ninguém aqui é dono da cadeira”, completou.
Ao final de um ano de mandato, ocorreram seis substituições no primeiro escalão do governo Guti. Deixaram os cargos Roberto Lago (Saúde), Carlos Dias (Meio Ambiente), Arão dos Santos Silva (Desenvolvimento e Assistência Social), Alexandre Zeitune (Educação, Cultura, Esportes e Lazer), Nilson Gonçalves (Gestão) e Carlos Soler (Governo).
Nesta sexta-feira, o Diário Oficial confirmou as últimas substituições do ano. Paulo Carvalho foi nomeado no lugar de Carlos Soler na Secretaria de Governo; Ayrton Trevisan na Justiça no posto de João Carlos Pannochia, que assumiu a Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer; Alex Viterale de Souza, que ocupava interinamente a pasta de Desenvolvimento e Ação Social, foi oficializado no cargo. Marli Nabas, que havia assumido a Secel interinamente, agora será a adjunta na mesma pasta.