A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou nos últimos meses o vice-prefeito Alexandre Zeitune (REDE) aprovou, em reunião na manhã desta sexta-feira, 6/07, na Câmara Municipal, relatório que não comprova o crime de extorsão – que motivou sua abertura -, mas que aponta supostos atos de improbidade administrativa do investigado.
O texto do relator Eduardo Carneiro (PSB) remete o caso ao Ministério Público Estadual, ao MP em Guarulhos, à Controladoria Geral do Município e à comissão de ética da OAB. Para valer, o relatório precisa, ainda, ser apreciado pelo plenário da Câmara, que só volta de recesso parlamentar em agosto.
Carneiro questionou a contrariedade nas versões de Zeitune e das testemunhas com relação a valores recebidos por suposta prestação de serviços de seu escritório de advocacia. A própria continuidade do exercício da profissão de Zeitune mesmo após ter tomado posse de cargo público é considerada irregular pelo relator.
Na reunião desta sexta, os vereadores membros da CEI e os advogados de defesa de Zeitune e da REDE fizeram considerações, retiraram alguns trechos e reescreveram outros antes de votar o relatório final. Foram suprimidas expressões que apontavam mentiras do vice-prefeito em suas oitivas da CEI.
“Só lamentamos não estar expresso na conclusão que ficou comprovado não ter havido o crime de extorsão, que motivou a abertura da investigação. Isso seria importante para nós. Sobre levar o caso ao MP, consideramos normal. Aliás, acreditamos que esse deveria ser o primeiro passo a ser dado, antes até da abertura da CEI”, afirmou o advogado Leonardo Freire, que defendeu Zeitune no processo.