Política

CEI da GRU Airport ouve representantes da concessionária sobre denúncias

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara de Guarulhos que investiga possíveis irregularidades por parte da GRU Airport, administradora do aeroporto internacional, recebeu nesta terça-feira, 9/04, Rodrigo Cardoso de Jesus, gerente de planejamento, e o advogado Luciano Bressiani, representantes da concessionária. Eles deram explicações sobre dois assuntos que são objetos de investigação por parte dos vereadores: a prática de condutas consideradas abusivas ao consumidor, e a geração de danos ao meio ambiente, como poluição sonora e do ar.
 
A Comissão tinha informações de que as empresas instaladas no aeroporto tinham que contratar serviços de internet oferecidas pela própria GRU Airport, o que conflitaria com o Código de Defesa do Consumidor. “Não é esta prática, as pessoas podem adquirir o serviço que mais lhe convém, somente devem utilizar nossa estrutura de rede, por questão de segurança”, explicou Bressiani. “Seguimos protocolos muito rígidos e isso envolve também o sinal de internet”, acrescentou.
 
Sobre a acusação de que o Aeroporto é fonte de danos ao meio ambiente, o advogado explicou que não cabe à concessionária controlar ruídos e outras fontes poluidoras. “As emissões do aeroporto são muito baixas, as aeronaves são modernas, menos barulhentas e controlam melhor a queima de combustível. “Não temos controle nem sobre o abastecimento de combustível para os aviões”, frisou Rodrigo de Jesus. Ele mencionou o Termo de Ajuste de Conduta–TAC, assinado pela administradora anterior, em 2008, com a Cetesb, e ratificado em 2014, quando a empresa assumiu o completo aeroportuário. “É um acordo para se adotarem medidas compensatórias ao município no caso de eventuais danos ao meio ambiente, e está sendo cumprido”, contou.
 
O vereador João Dárcio (Podemos), presidente da CEI, ficou satisfeito com a presença dos representantes da GRU Airport: “Estávamos cobrando há semanas a vinda deles para esclarecer as denúncias, agora vamos esperar a chegada de alguns documentos, como o TAC mencionado, para podermos avaliar melhor o que cabe à concessionária em relação a estes questionamentos”, afirmou.
 

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