O deputado federal Eli Correa Filho (DEM) segue afastado do cargo em Brasília para tratar de assuntos particulares. No fim de 2019, Eli pediu duas licenças consecutivas à Câmara: uma de sete dias alegando motivo de saúde; e outra, de 120 dias, por motivos pessoais. Em janeiro, sua assessoria informou ao GuarulhosWeb que o deputado solicitaria interrupção de sua licença assim que os trabalhos legislativos voltassem do recesso, em 1º de fevereiro. No entanto, isso não foi feito e o parlamentar segue de licença. Seu suplente, Miguel Haddad, do PSDB, segue com o mandato em exercício.
Na época de sua licença, o jornal Folha de S.Paulo publicou que Eli deixou a Câmara a mando do governador João Dória Filho (PSDB), que precisava de nomes de seu partido na disputa da liderança do partido na Casa de Leis. A manobra não deu certo para Dória, já que dias depois, Beto Pereira (PSDB-MS) perdeu a disputa na legenda para Celso Sabino (PA), apoiado por Aécio Neves, e conquistou a posição na Câmara Federal.
Antes da votação na Câmara Federal, o site O Antagonista chegou a citar que a manobra foi “coisa de moleque”. A publicação trouxe que “a turma de Doria não se deu por vencida. Para tentar reverter o que parece uma derrota irremediável, convenceu Eli Correa Jr., do DEM, a ceder o lugar para o suplente, o tucano Miguel Haddad, para que ele vote em Beto Pereira. Como a licença padrão de 120 dias do titular do mandato não dá direito a que o suplente tome o seu lugar, Eli Correa Jr. “adoeceu”. Ele conseguiu um atestado médico para acrescentar mais 7 dias à licença, o que permitirá a Haddad assumir e votar no candidato de Doria. De posse do atestado, o deputado do DEM correu para entregá-lo ao Departamento Médico da Câmara”.
Eli acabou não sendo contemplado com uma Secretaria no Estado, que seria a moeda de troca concedida por Dória, segundo divulgou o jornal Folha de S.Paulo. No comando de uma pasta, ele abriria mão inclusive de ser novamente candidato a prefeito de Guarulhos, a exemplo de 2016 quando perdeu para o atual chefe do Executivo Guti no primeiro e segundo turnos, em favor de apoiar um nome do PSDB.