A proposta do prefeito Guti (PSD) de reduzir o próprio salário em 50%, além de secretários de comissionados do primeiro ao terceiro escalão em índices que podem variar entre 5% e 30%, conforme os valores recebidos, em decorrência da pandemia do Covid-19, será votado apenas na próxima terça-feira.
O projeto de lei do Executivo estava pautado para ser apreciado pela Câmara Municipal em sessões extraordinárias da última quinta, mas devido a obstruções feitas por vereadores de oposição, os trabalhos se estenderam por 20 horas. Eles aprovaram apenas a redução salarial dos próprios parlamentares, de 30% a 100% dos subsídios. O encerramento da sessão ocorru às 6h30 desta sexta-feira, 1/0. Cada vereador definirá o próprio corte no seu salário, entre 30% e 100%.
Na quinta-feira, o Guti encaminhou um substitutivo ao projeto, após entendimentos com o Stap (Sindicato dos Servidores), que destina o valor economizado com os descontos nos salários a abonos que serão destinados a cerca de 1.600 funcionários públicos da área da saúde, que atuam diretamente no combate ao coronavírus. O valor de R$ 1.000,00 será dividido em três parcelas.
Guti esperava que a redução salarial do Executivo fosse aprovada ainda na quinta-feira. No entanto, um grupo de vereadores da oposição atrapalhou o andamento dos trabalhos legislativos, recorrendo a constantes obstruções legais na sessão, com a apresentação de emendas, questões de ordem e pedido de justificativas e discussões.