O otimismo no exterior em dia de eleição presidencial nos Estados Unidos deixa o dólar fraco em âmbito mundial e também no mercado doméstico. Apesar do apetite por ativos de risco, há dúvidas sobre o desfecho da eleição americana e se o resultado será judicializado. Os investidores locais fazem também a leitura da ata da reunião do Copom, que manteve a Selic em 2% ao ano na semana passada.
Para o economista-sênior do Haitong Brasil, Flávio Serrano, a ata teve um ajuste de tom e foi mais "hawkish" que o comunicado da reunião. "A ata aumentou o espaço conceitual sobre regime fiscal no forward guidance (prescrição futura), o BC vê regime fiscal mais associado ao médio do que ao curto prazo e o documento explica que o espaço para corte residual é por risco, não por cenário atual", comenta.
Mais cedo, o IPC-S avançou 0,65%, desacelerando ante a alta de 0,82% ocorrida em setembro e também perdendo força ante a variação positiva de 0,75% da terceira quadrissemana de outubro. O resultado do indicador ficou acima da mediana das expectativas do mercado apurada pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de alta de 0,61%, mas dentro de intervalo de estimativas, que foram de 0,56% a 0,83%.
Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,4 ponto em outubro ante setembro, para 97,1 pontos, após cinco meses consecutivos de altas, principalmente pela cautela no comércio devido ao impacto do fim do período mais intenso do auxílio emergencial do governo.
Às 9h38 desta terça-feira, 3, o dólar à vista recuava 1,01%, a R$ 5,6803. O dólar futuro para dezembro caía 1,10%, a R$ 5,6870.