Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948), a Grande Alma (em sânscrito, Mahatma), pediu certa vez a uma criança que parasse de consumir açúcar. Antes disso, ele solicitou o prazo de uma semana para, ele mesmo, adaptar-se a sua própria orientação. Ele não poderia pronunciar palavras incompatíveis com as suas atitudes cotidianas. Muito sábio.
O que Ghandi tem a ver com o empresário norte-americano Mark Elliot Zuckerberg (1984), fundador do Facebook? A princípio, muito pouco. Porém, essa rede social criada há 10 anos vem popularizando pensamentos nobres e elevados quanto esta frase do célebre indiano: “Aprenda como se fosse viver para sempre. Viva como se fosse morrer amanhã”.
Há poucos dias, eu postei as palavras acima mencionadas em minha página do ‘Face’. A repercussão foi impressionante: em sete dias, 70 pessoas haviam curtido a mensagem. Comentários: zero… Incrível, pois Gandhi conseguiu resumir o sentido da existência humana nesses dois singelos versos. O conteúdo é, simplesmente, irrepreensível.
A explicação, creio, seja que, para 'curtir', basta um clique – é fácil e rápido; não requer prática tampouco habilidade. Por outro lado, refletir sobre Filosofia e escrever algo a esse respeito exige certo exercício reflexivo. Dá trabalho!
Por que nós estamos agindo de maneira tão automática em nossa vida? Por que conversamos sempre com as mesmas pessoas? Só respondemos a quem nos cumprimenta, sem jamais tomarmos a iniciativa de conhecermos gente nova? Por que nós fazemos sempre o mesmo caminho para a escola ou para o trabalho? Por que aquela pizza com os amigos fica sempre para 'um dia destes'?
Nós temos o dever de buscarmos sempre o nosso melhor empenho, a cada novo dia em que acordamos pela manhã. Como pregou a Grande Alma, na Escola da Vida aprender é o único objetivo. Viver plenamente é o caminho para quem deseja aproveitar o dia de hoje como o Sagrado Presente do Criador. Desligue o seu piloto-automático e… VIVA!
José Augusto Pinheiro, 51, é jornalista e trabalhador guarulhense.
