Os fundos de pensão renovam a expectativa de serem reconhecidos como parceiros efetivos do desenvolvimento da poupança do País com o início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, mas desejam receber em contrapartida os incentivos necessários para sua atuação. A afirmação é de José Ribeiro Pena Neto, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). “Temos papel preponderante na formação de poupança no Brasil, no financiamento da atividade econômica, na capitalização das empresas e também no financiamento da dívida pública do País”, afirmou na abertura do 35º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, em São Paulo.
O presidente da Abrapp destacou a necessidade de o País poupar mais e melhor. Isso porque, conforme ele, somente 3% da população economicamente ativa e 41% das pessoas que ganham acima do teto do INSS estão inseridas no sistema de previdência complementar fechada.
Pena Neto destacou ainda a necessidade de o governo fazer “reformas modernizadoras” como as de política tributária e previdenciária. São importantes também para a atividade dos fundos de pensão, de acordo com ele, o controle da inflação, a manutenção do nível de empregos e ainda um cenário menos volátil. “A alta volatilidade penaliza investidores de longo prazo como nós”, destacou Pena Neto.
A Abrapp, segundo ele, está criando um plano estratégico para o mercado de previdência complementar. Os fundos de pensão somam reservas, de acordo com o presidente da Associação, de R$ 3,4 trilhões que equivalem a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.