A Bovespa escapou de sua terceira sessão consecutiva de perdas nesta quarta-feira, 12, após rumores sobre o substituto de Guido Mantega gerarem uma forte onda compradora que içou o principal índice à vista do negativo para acima de 53 mil pontos. O movimento foi firme e pontual, mas a bolsa, apesar de ter perdido o ritmo à tarde, ainda garantiu uma sessão de ganhos.
O Ibovespa subiu 0,96% aos 52.978,89 pontos. Na mínima, registrou 52.187 pontos (-0,55%) e, na máxima, 53.435 pontos (+1,83%). No mês, acumula perda de 3,02% e, no ano, ganho de 2,86%. O giro financeiro totalizou R$ 5,907 bilhões. Os dados são preliminares.
Notícia veiculada na imprensa dava conta de que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seria o favorito para a vaga de Mantega e sua indicação estaria sendo negociada. Como a presidente Dilma Rousseff só deve fazer um anúncio na volta da viagem para a Austrália, isso criou um ambiente para especulação, em meio à agenda vazia desta quarta-feira.
O noticiário corporativo, em meio à divulgação de balanços do terceiro trimestre, contribuiu para movimentar o Ibovespa hoje. As construtoras, por exemplo, avançaram depois que os números da Even turbinaram os papéis da empresa. As ações saltaram 11,74% e lideraram os ganhos, seguidas por Rossi ON (+10,84%). MRV ON avançou 1,29%.
Gol PN avançou 6,23%, após o balanço ter trazido melhoras operacionais, apesar de prejuízo de R$ 245,1 milhões no terceiro trimestre. Favoreceu o papel ainda a aprovação da MP que libera a participação do investidor estrangeiro no capital das empresas aéreas.
Vale, que operou com ganho mais cedo, perdeu fôlego e caiu 0,22% na ON e fechou estável na PNA. A empresa passa por um momento de cenário desafiador, com queda do minério de ferro e incertezas sobre a economia chinesa.
Petrobras acabou subindo com os rumores políticos sobre a equipe econômica. A ação ON avançou 0,37% e a PN, 0,79%.
Cabe registrar que a presidente Dilma não pretende fazer a reforma ministerial imediatamente. “Vou fazer por partes”, disse. Nem mesmo um dos anúncios tem data para acontecer, mas não será antes do dia 18, quando volta da Austrália. Até lá, os ministros devem ter entregado suas cartas de demissão para que a presidente fique à vontade para a mudança. Hoje, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que de 10 a 15 ministros, inclusive ele, já colocaram o cargo à disposição de Dilma.
Em Nova York, o Dow Jones caía 0,01%, o S&P 500 cedia 0,04% e o Nasdaq subia 0,28%.