Cidades

Em 2016, é desenvolver ou desenvolver

Guarulhos termina 2015 de uma forma bastante melancólica. A notícia sobre a queda do município, que já foi há pouco tempo a oitava economia do país, para a 13ª posição entre as cidades brasileiras e para quarta no Estado, jogou um balde de água fria na cabeça daqueles que acreditam e propagam o potencial desta metrópole. Talvez, Guarulhos sofra de um mal que afeta boa parte das instituições. É muito discurso e pouca prática. 
 
Pior ainda é que a queda no Produto Interno Bruto de Guarulhos foi mais uma morte anunciada. Os números divulgados pelo IBGE se referem a 2013, o primeiro ano do segundo mandato do atual prefeito Sebastião Almeida (PT), um período que não foi tão ruim para a cidade, mas que já revelava a necessidade de se encarar os problemas sob uma ótica de desenvolvimento. Provavelmente, os agentes responsáveis por promover o avanço da cidade falharam. 
 
Em vez disso, um conjunto de medidas, como o grande aumento do IPTU no final daquele ano que não veio acompanhado de ações que incentivassem a produção e geração de rendas, fez com que muitas empresas começassem a baixar as portas em Guarulhos. Basta dar uma volta pela cidade para perceber o grande número de placas de “vende-se” ou “aluga-se” afixadas em galpões que poderiam estar ocupados por empresas, tanto do setor industrial como de serviços. 
 
Não será de se estranhar se os números de 2014 e de 2015, quando divulgados, coloquem Guarulhos numa posição pior ainda, já que nestes dois anos vimos uma cidade pior ainda nos mais diferentes aspectos, já que a administração municipal contribuiu ainda mais para esta estagnação, já que muitos fornecedores deixaram de ser pagos e promoveram dispensa de pessoal, aumentando a desconfiança em relação aos destinos da cidade. 
 
Diante de tudo isso, em vez de ficar vendo o funeral passar, há a obrigação de, em 2016, apesar da crise que vem matando o país como um todo, arregaçarmos as mangas e fazer o defunto levantar. É hora de trabalhar pelo desenvolvimento efetivo de Guarulhos, com atitudes concretas, cobrando da administração – neste seu último ano de mandato – olhos voltados para o futuro e não apenas nas eleições de outubro. Já os setores produtivos precisam recuperar a confiança nos destinos da cidade. Mas isso só será possível se todos olharem para frente. 
 

Posso ajudar?