Pego de surpresa por jornalistas ao final de um evento com taxistas no Paço Municipal na manhã de ontem, o prefeito Sebastião Almeida (PT) tentou responder alguns questionamentos meio que a contragosto. Quando questionado sobre o que achou das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff e contra o PT realizadas em Guarulhos no último domingo, ele respondeu de forma irônica: “Não vi”.
Não é comigo
Ao ser indagado sobre protesto de professores da rede municipal que, naquele momento, estavam concentrados em frente ao Paço Municipal, Almeida se fez de rogado: “isso não é comigo. Eles devem procurar o secretário de Educação”. Em tempo: o protesto dos docentes é contra os fixados em decreto (33.226/2016) do próprio chefe do Executivo, chamado pelos servidores como “pacote de maldades”.
Recorde
Não demorou 10 segundos a sessão ordinária desta terça-feira. Pontualmente, às 14h, o presidente da Casa, Professor Jesus (PDT), como manda o Regimento Interno, abriu os trabalhos. Mas após consulta visual ao plenário, declarou os trabalhos encerrados por falta de quórum. No plenário lotado, professores municipais pedindo o apoio dos parlamentares contra o decreto de Almeida.
Tensão pré 3 de abril
Com o fim do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para filiações partidárias a fim de disputar as eleições de outubro, no próximo 3 de abril, cresce a tensão em quase todos as agremiações políticas de Guarulhos. O clima nestas três semanas restantes tende a ficar insuportável. Enquanto alguns presidentes de partido fazem de tudo para não perder potenciais candidatos já filiados, crescem as negociações para atrair nomes que tenham bom cacife eleitoral.
Quem dá mais?
Neste verdadeiro jogo de xadrez que se tornaram esses menos de 20 dias para o limite das filiações partidárias, diversos partidos pequenos negociam até com quatro ou cinco pré-candidatos diferentes a prefeito. Muitos usam o velho argumento do “quem dá mais”, numa busca desenfreada por recursos para a campanha. Mas vários estão se dando mal, já que não se deram conta ainda que a situação hoje é outra. A campanha serpa curta e as doações por empresas estão proibidas. Muitos ficarão a ver navios.