A trágica morte de Leandro Balcone, assassinado com 12 tiros, na terça-feira, suscitou uma série de teorias que tomaram conta das redes sociais. Muitas pessoas falando com convicção de que o crime foi uma represália às práticas do advogado, que se posicionava há tempos contra o PT. Porém, ninguém consegue apresentar uma evidência do que propaga, transformando – mais uma vez – as redes sociais em terra de ninguém.
Sem provas
As redes ressuscitaram até uma velha história, nunca confirmada e plantada de forma irresponsável, sobre a possível construção de um shopping center em Campinas, que seria de propriedade do prefeito Sebastião Almeida (PT). Segundo essa teoria da conspiração, que não se embasa em fatos conhecidos, Balcone teria provas e as apresentaria em breve. Quando se aperta quem fala esse tipo de coisa, a resposta é imediata. “Eu não sei, ouvi dizer, mas deve ser verdade”.
A quem interessa?
A tese de crime político é bastante questionável. A quem poderia interessar calar o líder anti-PT, Leandro Balcone? Ao PT? O que o partido – tão envolvido em denúncias de corrupção por todos os lados – iria ganhar, arriscando-se em um atentado desses com o risco de ser descoberto? Seria uma forma de usar o advogado guarulhense como bode expiatório a fim de ameaçar outras lideranças que surgem por todo o país?
Sentiu o baque
Quem acompanha o vereador Guti (PSB) mais de perto revela que ele sentiu o golpe com o assassinado do companheiro de partido e que – ao lado dele – se tornou uma das principais lideranças jovens de Guarulhos. Como não poderia deixar de ser, tanto na tarde do assassinato como ontem, quando acompanhou o sepultamento de Balcone, o pré-candidato, que lidera a pesquisa divulgada pela Folha Metropolitana na terça-feira, apareceu em público muito abatido.
Expediente
Numa demonstração de que se prepara para entrar no jogo, que disse começará no início de abril, o empresário Carlos Roberto (PSDB), pré-candidato a prefeito, vai a partir de segunda-feira dar expediente durante parte do dia no diretório municipal dos tucanos, na região central. Usará a última semana de filiações para conversar com gente que pretende ingressar no partido e também com possíveis aliados.