O prefeito Sebastião Almeida (PT) quer a autorização dos vereadores para vender uma área de 6,7 mil metros quadrados, localizada na avenida Papa Pio XII, no Macedo, pertencente à Proguaru. Ele quer arrecadar pelo menos R$ 17 milhões, valor que o imóvel usado pela empresa de economia mista como garagem e depósito de materiais foi avaliado. O dinheiro será usado para pagar dívidas.
Sem planejamento
Seria elogiável a ação caso fosse fruto de planejamento e o valor arrecadado tivesse uma destinação voltada a investimentos da Proguaru que se encontra sucateada. A empresa precisa de novas máquinas e equipamentos para prestar serviços à comunidade. Diferente disso, Almeida coloca um bem do povo à venda para quitar dívidas acumuladas por sua administração, que teve oito anos para resolver problemas e pouco fez.
Câmara no bolso
Não será de se estranhar se a Câmara Municipal aprovar o projeto do Executivo. Afinal, Almeida deita e rola em cima dos vereadores, por ter ampla maioria na Casa. Vender uma área pública, em tese, não teria problema algum. Afinal, o terreno está numa área nobre e a Proguaru pode transferir as atividades para outro local menos valorizado. A questão é o destino do dinheiro e o momento em que Almeida liquida bens públicos.
Mas nem tanto
Em entrevista à coluna, Eli Correa Filho, prefeiturável do DEM, partido que conta com seis vereadores, incluindo o presidente da Câmara, Professor Jesus, comprometeu-se a conversar com a bancada para tentar barrar a proposta de Almeida. Ele admitiu que a venda até pode ocorrer, mas jamais no último ano do mandato para cobrir buracos abertos por uma administração “desastrosa”.
Crime sem solução
Um mês se passou do assassinato do advogado criminalista Leandro Balcone, caso que causou grande comoção popular devido às posições do vereador suplente e líder anti-PT em manifestações de rua. A polícia descartou motivação política para o crime. No entanto, até o momento não resolveu o caso.
Dentro do jogo
Quem imaginava que o professor Moacir Souza, vereador e ex-secretário de Educação, estava fora da disputa interna do PT na indicação do candidato a prefeito precisará rever suas posições. Mais vivo do que nunca, ele terá posição de destaque na campanha à sucessão de Almeida.
