Cidades

Efeito Russomanno

Na iminência de ter sua condenação por peculato confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) pode ser convencido a deixar a corrida pela Prefeitura de São Paulo, apesar de aparecer na frente em várias pesquisas eleitorais. Se a decisão for confirmada, haverá repercussão direta na disputa em Guarulhos, onde o estadual Jorge Wilson se apresenta como o pré-candidato do partido ao Bom Clima. 

 

Nem tão ruim assim

Jorge Wilson foi um dos deputados estaduais mais votados em 2014 porque fez uma campanha a reboque do “irmão” Russomanno. Sem o parceiro na disputa em São Paulo, poderia perder bastante da força, já que não poderia surfar na onda do candidato paulistano. Por outro lado, o PRB, que comanda o Ministério da Indústria e Comécio, poderia descarregar todas as suas fichas para conquistar a segunda maior Prefeitura do Estado. Pelo volume de coligações anunciadas nos últimos dias, é uma hipótese a se considerar. 

 

Negociações (quase) encerradas

Quase todos os partidos que não terão candidatos a prefeito de Guarulhos já definiram os majoritários que vão apoiar. Apenas um ou outro, ainda em negociação com dois ou três, em busca de mais espaços (financeiros) ainda estão no mercado. Curiosamente, o PT e o PSDB que disputaram o segundo turno em 2008 e 2012 são os únicos que ainda não anunciaram nenhuma parceria, se bem que o primeiro – pela força que a máquina administrativa ainda tem – conta com umas três ou quatro agremiações no bolso. 

 

O povo paga

A má gestão do prefeito Sebastião Almeida (PT) afeta diretamente a vida da população. A possível greve de motoristas e cobradores de ônibus, a ser decidida em assembleia nesta tarde, vai além do reajuste salarial da categoria. As três empresas que atuam aqui estão nas mãos de dois grandes grupos que operam sistemas de transportes em diferentes municípios. Porém, a situação de Guarulhos – com atrasos nos repasses dos subsídios de anos passados, inclusive  – passou dos limites aceitáveis.  A paciência dos empresários está perto do fim. 

 

Pão e água

Os servidores receberam os salários de maio com o reajuste de 9,34%. Mesmo assim, eles ainda estão em estado de greve, decretado na assembleia de terça-feira passada. Amanhã, às 10h, voltam a se reunir para avaliar a situação, já que não houve o aumento do vale refeição. Pelo andar da carruagem, dificilmente a categoria vai optar por uma greve, que teria tudo para ser considerada ilegal, já que o compromisso firmado em lei não leva em consideração o auxílio refeição, que entra nas cláusulas sociais.  

 

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