O meio político já dá como certa a eleição de Eduardo Soltur (PSD) para a presidência da Câmara Municipal. Os termos para a recondução dele já foram acertados, não deixando qualquer margem para algum outro pretendente entrar na disputa. Tanto que o ex-mandatário já estaria mandando e desmandando na Casa de Leis. Porém, uma história não muito bem contada dos tempos em que ele presidiu o Legislativo está nas mãos na grande imprensa, que – de uns tempos para cá – vem adorando focar as câmeras em Guarulhos.
Maturidade
Apesar de não fazer alardes durante esse período de transição, o prefeito eleito Guti (PSB) está concentrado em buscar o máximo de informações possíveis sobre a real situação da Prefeitura, escolhendo a dedos os nomes que irão compor sua equipe. Pessoas mais próximas garantem que o estilo adotado, sem pirotecnias, demonstra maturidade política, contrariando as principais críticas que recebeu ao longo da campanha eleitoral.
Mordido
O vereador reeleito, João Dárcio Sacchi (PTN), ex-secretário de Assuntos para a Segurança Pública, não gostou das publicações sobre a contratação de viaturas para a GCM, por meio de locação, e que foram flagradas “escondidas” no pátio da corporação. Durante a audiência na Câmara, disse que irá processar o jornalista e o veículo que divulgou a informação. Em programa de rádio, chamou os que divulgaram de levianos.
Contra fatos…
Apesar de a Prefeitura e a locadora terem admitido o negócio, o contrato ter sido publicado no Diário Oficial em julho e de haver empenho para pagamento de R$ 337 mil neste ano, João Dárcio garante que o município não gastou um centavo e que a GCM não recebeu as viaturas. Só não explicou o que elas fazem guardadas dentro de próprios municipais. Como publicado na coluna, as viaturas modelos Spin, S10, Duster e Trailblazer não teriam ido para às ruas por, entre outros motivos, estarem equipadas com sistema de rádio digital, enquanto a corporação ainda utiliza o analógico.
Comissionado não trabalha?
A vereadora reeleita Genilda Bernardes (PT), ex-secretária de Desenvolvimento e Assistência Social, disse ontem, durante a audiência pública do orçamento, que o sucesso dos trabalhos se devem ao fato de a pasta contar com 95% de servidores municipais de carreira, que realmente trabalham. E, por isso, acredita que a próxima gestão não enfrentará problemas. Dá para supor, então, que o fracasso de outras coordenadorias – ligadas a ela e a outros companheiros próximos – ocorre justamente pelo excesso de comissionados. Faz sentido.