Diferente do que havia anunciado logo após as eleições, quando disse que os nomes dos secretários só seriam divulgados a partir da segunda quinzena de dezembro, o prefeito eleito Guti (PSB) deverá revelar os primeiros três ou quatro ainda nesta semana, entre quarta e quinta-feira. Ele percebeu que há determinados cargos que já precisam ter os titulares definidos para facilitar a transição.
Enxugamento
Sem definir exatamente qual será o número de secretarias, Guti garante que diminuirá em 30% os valores gastos com o primeiro escalão imediatamente. Pastas como Esportes e Cultura podem aparecer unidas com a Educação, como forma de otimizar recursos e facilitar os investimentos. O trabalho de reengenharia é fundamental para o sucesso das políticas públicas a serem desenvolvidas a partir de 1º de janeiro.
Bomba no colo
Sabedor do caos que herdará, Guti segue focado em se antecipar aos problemas e propor soluções. Semana passada, ele foi ao Ministério Público Estadual, em São Paulo, tratar com promotores uma situação bastante delicada que cairá como uma bomba em seu colo já em janeiro. Será a primeira conta mais salgada que irá pagar devido à incompetência de seus antecessores.
No caminhão
Mas não é só de compromissos burocráticos que vive o prefeito eleito. No sábado, Guti participou de confraternização com gente que esteve ao seu lado desde o 1º turno (e alguns que embarcaram bem depois). No domingo, passou a maior parte do dia, em cima de um caminhão de som percorrendo bairros da periferia de Guarulhos para agradecer aos quase 500 mil votos que obteve. A ação, se não é inédita, soa como inusitada e faz parte do que Guti gosta de chamar de “nova política”.
Queimado
O vereador reeleito Edmilson Souza (PT), que deve ser o líder da oposição na Câmara Municipal, passou quase todo seu mandato afastado por ser o secretário municipal de Cultura do prefeito Sebastião Almeida. No entanto, ontem, na audiência pública do orçamento, bateu forte no companheiro de partido. Disse que o ex-chefe vai sair queimado por não honrar com os pagamentos devidos a grupos culturais.
Nem pro selo
E por falar em falta de dinheiro, a Prefeitura está sem dinheiro (e crédito) junto aos Correios. Desta forma, não consegue enviar correspondências (e nem cobranças?) aos munícipes.
