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O rápido ressurgimento do ex-prefeito petista Sebastião Almeida (agora PDT) no cenário político, logo após deixar a Prefeitura em situação de caos e Guarulhos em completo abandono, chama a atenção. Qualquer um no lugar dele ficaria escondido esperando a poeira baixar (e olha que tem muita poeira no ar). No entanto, ele já está na ativa, aparecendo, dando entrevistas a quem sempre o protegeu, participando de eventos etc. Ao se comportar como político profissional, talvez ele pense em realizar o antigo sonho de ter uma televisão para chamar de sua? Nunca é demais lembrar que ele foi o responsável pela TV Cantareira, bancada pela ONG Água e Vida que – por sua vez – recebia muito dinheiro do poder público municipal.
 
Precisa desenhar
 
Um pequeno grupo de veganos e vegetarianos atacou este jornalista e a Folha Metropolitana nas redes sociais pelo posicionamento em relação ao projeto da vereadora Janete Pietá (PT), que quer proibir o consumo de carne às segundas-feiras na merenda escolar. Talvez, essa meia dúzia não conseguiu entender que ninguém fez qualquer ataque à causa que eles defendem. Afinal, todos têm o direito de se manifestar sobre o que julgam melhor para suas vidas. No entanto, as críticas – publicadas na sexta-feira – referem-se ao fato de a parlamentar querer tornar lei algo que não pode ser tratado como tal.
 
Terça com carne
 
Diante dos ataques, apesar de considerar um absurdo gastar tanto tempo com uma questão que deveria ser defendida em outras esferas, torna-se necessário repetir algumas convicções. A partir do momento em que a sociedade aceitar que leis sejam criadas para determinar o que não se deve comer em determinado dia da semana, abrem-se perigosos precedentes. Amanhã um maluco – e há vários soltos por aí – terá o direito de determinar por lei que todos devem ingerir determinada substância em tal dia da semana. Mas aí não vale, não é? Que se crie então a “terça-feira com carne”, quando o produto de origem animal será único e obrigatório nas merendas (há ironia nesta afirmação).
 
Conselho
 
Vale lembrar que a Secretaria Municipal de Educação conta com um competentíssimo Conselho de Alimentação Escolar, reconhecido internacionalmente, que tem em seus quadros uma equipe de nutricionistas, entre outros profissionais, que sabem exatamente o que deve ou não servido às crianças da rede municipal. Pelo que consta, nenhum integrante do CAE foi ouvido sobre o desastroso projeto que, repita-se quantas vezes for necessário, caberia muito bem em uma campanha de iniciativa dos grupos interessados no tema.
 
 

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