Cidades

Na contramão da Justiça

Ao perceber que diferentes pareceres jurídicos apontam que os ex-comissionados, que deixaram a Prefeitura no primeiro dia do ano por uma decisão da Justiça não têm mesmo direito a verbas rescisórias, a vereadora Genilda Bernardes (PT) começou a mudar o discurso. Nesta quinta-feira, ela menosprezou o grupo criado para discutir a questão com o governo municipal, enfatizando que a decisão é política, pregando que a administração descumpra possível decisão judicial.
 
Mudança de postura
Genilda acha porque acha, sem qualquer embasamento, que basta a Prefeitura querer e tudo está resolvido. Coisa de quem não tem qualquer compromisso com a legalidade, algo que não combina em nada com a postura de um parlamentar. Para ela, os pareceres jurídicos, agora, não devem importar muito. Até outro dia, quando alardeava ter a palavra de um desembargador, sem provar, de que os ex-comissionados teriam direito às verbas, a Justiça deveria ser levada em consideração. 
 
Queda de carga
A queda da carga de um caminhão na avenida Tiradentes, pertinho da praça Getulio Vargas, em frente ao prédio da Câmara Municipal, complicou muito o trânsito em toda a região central na última quarta-feira pela manhã. O “incidente” evidencia um velho problema viário de Guarulhos que é o livre trânsito de veículos pesados até em vias centrais e dos bairros em qualquer hora do dia. Passa da hora do município tomar uma atitude e limitar o tráfego de caminhões, como fazem as grandes cidades a determinados horários, revendo inclusive os horários de carga e descarga. 
 
 
Isenção geral
O PL que pretendia cobrar taxas para o uso de espaços públicos para a realização de eventos causou certa polêmica na Câmara Municipal. O vereador Edmilson Souza (PT) apresentou um substitutivo para isentar da cobrança uma série de grupos culturais, religiosos, sindicais, de moradores etc etc etc. É tanta isenção que o projeto em si quase cai por terra. Ele se esquece apenas que diversos destes grupos – ou coletivos, como ele gosta de usar – somente usam os espaços sem se preocupar nem ao menos com a higiene ou limpeza dos locais. É lamentável ver como muitas praças ficam no dia seguinte à realização de certos eventos que, de culturais, não tem nada. 
 
Chegou de Marte?
De dez em cada nove pronunciamentos que faz na tribuna da Câmara, a vereadora Janete Pietá (PT) dá a entender que chegou de Marte. Ela apresenta uma série de excelentes ideias, que nunca foram colocadas em prática nos 16 anos de PT à frente da administração, oito dos quais sob a gestão do marido dela, Elói. Na visão da nobre parlamentar, tudo – muito nobre, aliás – tem que ser resolvido agora por Guti (PSB) como em um passe de mágica. 
 
Ideias nobres 
Só nesta quinta-feira, Janete Pietá pediu a criação da “casa-dia” para abrigar idosos quando seus filhos ou netos estão em seus afazeres profissionais e não podem cuidar deles. Em outro momento pediu a “creche noturna”, que seria essencial para as mães que trabalham à noite.  Ela só não explica porque essas maravilhas não foram criadas quando seu partido esteve no poder. 
 

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