Apesar sinalizar que há sobras de energia no País e que não existem riscos de desabastecimento, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou que deverá seguir com o acionamento de usinas térmicas nas regiões Norte e Nordeste do País, por conta da situação ainda ruim dos principais reservatórios de usinas.
Segundo o comitê, “poderá ser necessário manter-se o despacho térmico” nessas regiões, “em função da permanência do cenário hidrológico extremamente desfavorável”. Essas usinas térmicas serão acionadas em operações “fora da ordem de mérito”, que funcionam como um “seguro” que o governo faz para evitar a falta de energia. Essa alternativa, no entanto, gera custos para a conta de luz do consumidor.
O montante da geração térmica será definido conforme a produção de energia das usinas eólicas na região Nordeste e a evolução do armazenamento do reservatório de Tucuruí, hoje a maior hidrelétrica em operação nas duas regiões.
Já nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o comitê decidiu pelo desligamento, a partir de 4 de junho, das usinas térmicas que se encontram em operação “fora da ordem de mérito”. A decisão deve resultar numa redução no custo de energia nessas regiões que concentram as sobras de geração apontadas pelo comitê.